Americanos oram por vítimas do ataque ao templo sikh
7 ago2012 - 22h05
(atualizado às 22h29)
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Um memorial improvisado criado em Oak Creek, uma pequena cidade do Wisconsin, se converteu no símbolo do drama que vive esta comunidade após o tiroteio que no domingo deixou sete mortos em um templo sikh, incluindo o atirador, um ex-militar americano.
Ursos de pelúcia e flores cercavam um memorial montado com seis coroas fúnebres com os nomes e idades das vítimas do atirador, cinco homens e uma mulher, com entre 39 e 84 anos.
"Estou totalmente devastada pelo que ocorreu aqui", disse Peggy Renner-Howell, 52 anos, que mantinha a cabeça curvada e o rosto triste após depositar flores brancas no local. "Estou apenas rezando e desejando que as famílias das vítimas tenham um pouco de paz".
A comunidade indo-americana organizou uma vigília na noite de segunda-feira no templo sikh de Brookfield, a cerca de 40 km de onde ocorreu o massacre. O governador do Wisconsin se "uniu às orações". "Precisamos disto", disse Harsimran Kaur, de 30 anos. "Foi um caos. Estamos sofrendo muito", concluiu.
O presidente do templo de Brookfield, Gurcharan Singh Grewal, disse esperar que esta tragédia sirva ao menos para que os americanos aprendam que os siks não são muçulmanos extremistas, apesar do uso do turbante e da barba.
"Sou americano, mas me sinto em perigo no pais no qual cresci", lamentou Gagan Khurana, 27 anos, que "conhecia pessoalmente as vítimas", incluindo "a mãe de um amigo". Segundo a imprensa americana, Wade Michael Page, o autor do massacre, era ligado a grupos defensores da supremacia branca.
Representantes da Coligação Sikh em Washington destacaram que membros da comunidade foram vítimas de racismo 700 vezes desde os atentados de 2001. A religião sikh, fundada há cinco séculos na Índia, exige que os homens cubram os cabelos - que não podem ser cortados - com um turbante e cultivem a barba.
Pelo menos um homem abriu fogo na manhã deste domingo em um templo Sikh de Oak Creek, no Estado americano do Wisconsin
Foto: CNN / Reprodução
Informações iniciais de testemunhas dão conta de que há várias pessoas feridas e pelo menos quatro mortos
Foto: CNN / Reprodução
Pessoas que afirmam ter familiares dentro do Templo Sikh de Wisconsin esperam por mais informações após o tiroteio
Foto: AP
Amardeep Kaleka, ajoelhado, preocupa-se com seu pai, Satwant Singh Kaleka, que é o presidente do templo Sikh, foi ferido no tiroteio e levado para o hospital
Foto: AP
A polícia bloqueou uma intersecção próxima ao local do crime
Foto: AP
Homem enxuga as lágrimas junto ao templo sikh em Oak Creek
Foto: AP
Familiares de pessoas que estariam no templo aguardam do lado de fora esperando por mais informações sobre o ocorrido
Foto: AP
Mulher fala ao celular próxima a outras pessoas que cercam as imediações do templo sikh onde ocorreu um tiroteio
Foto: AP
Imagem do templo, onde ocorreu o tiroteio
Foto: AP
Pessoas sentadas sob a sombra de uma árvore observam a movimentação e esperam por mais notícias próximas ao templo
Foto: AP
Policial armada aparece próxima às pessoas que cercam o local em busca de mais informações
Foto: AP
Agente fortemente armados avança em direção ao templo durante ação policial após o ataque de atirador
Foto: AFP
Peritos carregam equipamentos para investigar o número de vítimas no interior do templo
Foto: EFE
Agentes da SWAT, polícia de operações táticas especiais americana, em meio à ação de emergência
Foto: AFP
Equipe da SWAT durante a operação no telhado do templo; suspeito teria sido morto ao receber um policial a tiros
Foto: AP
Policial fala com membros da religião sikh, preocupados em saber notícias sobre o tiroteio que deixou pelo menos seis mortos e três feridos
Foto: AP
Agentes da polícia aparecem junto ao portão do templo
Foto: AP
A policia usa até mesmo um robô para vasculhar o templo sikh
Foto: AP
Policiais com cães treinados percorrem os arredores do templo Sikh em Oak Creek, onde um atirador deixou pelos menos seis mortos e três feridos, segundo a polícia
Foto: AP
Roupas ensanguentadas são vistas sobre a grama, do lado de fora do templo Sikh em Oak Creek
Foto: AP
Veado rouba a cena ao passar perto de policiais altamente armados em gramado nas proximidades de onde ocorreu a operação da SWAT no templo Sikh
Foto: AFP
Autoridades inespecionam uma das áreas externas do templo
Foto: EFE
Um esquadrão antibombas foi chamado para fazer uma busca pela casa que seria do atirador
Foto: EFE
Ao questionar oficiais sobre o motivo da evacuação, um vizinho teria recebido como resposta que "eles não compreenderiam de imediato o que estava acontecendo, mas que entenderiam no futuro
Foto: EFE
As residências que ficam próximas à região estão sendo evacuadas por "um período prolongado de tempo", por ordem da polícia
Foto: EFE
Agentes do FBI estão averiguando uma casa em Cudahy, próxima ao templo Sikh de Oak Creek, próximo a Milwaukee, no Estado americano do Wisconsin
Foto: EFE
Sikhs indianos seguram cartazes de protestos durante manifestação em Jammu, na Índia, contra o tiroteio em um templo sikh que deixou sete pessoas mortas, incluindo o atirador, no Estado americano de Wisconsin no domingo. Nos cartazes os manifestantes criticam o governo americano e pedem o banimento da venda de armas nos Estados Unidos
Foto: AP
Com espadas e cartazes de protesto, sikhs protestam contra o tiroteio em Nova Délhi
Foto: AP
Os sikhs indianos condenam a política de venda de armas nos Estados Unidos pelo tiroteio. A arma usada no massacre foi comprada legalmente pelo atirador, um ex-oficial do Exército americano
Foto: AP
Sikhs indianos seguram espadas e protestam em Nova Délhi contra o tiroteio
Foto: AP
Sikh indiano segura placa de protesto contra o governo americano durante manifestação em Jammu
Foto: AP
Foto: Terra
Um homem junta as mãos em oração enquanto entra em um templo Sikh em Nova York
Foto: Reuters
Mohan Singh Khatra, que perdeu seu tio Subeg Singh Khatra no tiroteio em Wiscosin, fala com a imprensa em frente ao templo Sikh em Nova York
Foto: Reuters
Agente especial do FBI Teresa Carlson fala em uma conferência para a imprensa em Oak Creek, Wiscosin, enquanto membros do templo onde ocorreu o massacre assistem. A polícia identificou o atirador que matou 6 pessoas no templo Sikh de Oak Creek como um veterano do Exército dos EUA. A polícia está investigando a sua possível ligação com grupos de supremacia ariana e com uma banda skinhead de rock
Foto: AP
O presidente Barack Obama afirmou que é preciso fazer um exame de consciência sobre como reduzir a violência nos Estados Unidos depois do tiroteio em um templo sikh em Wisconsin e disse ainda que estava muito abalado pela tragédia
Foto: Reuters
Foto do MySpace da banda End Apathy mostra o que seria Wade Michael Page, guitarrista e vocalista do grupo