Câmara dos Representantes dos EUA aprova novas sanções financeiras contra Irã
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira novas sanções financeiras contra o Irã, medidas que deverão ser ratificadas nesta semana pelo Senado e o presidente Barack Obama.
O novo pacote de sanções, que tem o objetivo de impedir o Irã de continuar com seu programa nuclear, foi aprovado por 421 votos a favor e 6 contra.
O conjunto de sanções estipulado hoje pela Câmara Baixa aumentará a pressão financeira contra o regime de Teerã, ao atingir as receitas geradas pelo comércio de petróleo.
As medidas incluem punições contra companhias e indivíduos que ajudem o Irã a procurar urânio e sancionarão a companhia estatal de transporte marítimo National Iranian Tanker.
As sanções também penalizarão, dentro do alcance das leis americanas, todas as companhias e indivíduos vinculados com a indústria petrolífera, petroquímica e de gás natural iraniano.
Além disso, as novas medidas tentarão fechar os meios que o Irã utiliza para obter lucro com as vendas de petróleo. Alguns políticos americanos colocaram em dúvida o alcance das sanções que tinham sido impostas até o momento.
O Irã assegura que seu programa nuclear tem fins pacíficos. Israel pressionou os EUA para não permitir que o regime dos aiatolás alcance um nível de desenvolvimento atômico que seja difícil de deter.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse hoje que "as sanções e a diplomacia não tiveram impacto algum no programa nuclear iraniano".
Em resposta, a Casa Branca defendeu o "impacto significativo" das sanções já aplicadas na economia do Irã , embora admitiu que não conseguiu que o país árabe cumpra com suas obrigações internacionais.
O presidente Obama anunciou nesta semana novas sanções, diferentes das aprovadas hoje pela Câmara dos Representantes, com objetivo de "pressionar e isolar" Teerã.
Os Estados Unidos e seus aliados europeus asseguram que o embargo ao comércio de petróleo iraniano estipulado com a União Europeia, China, Índia, Japão e Coreia do Sul reduziu significativamente as exportações do petróleo de Teerã. EFE
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