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Mundo

Brasil vai cooperar com Haiti na estruturação de sua Defesa

26 jul 2012 - 20h01
(atualizado às 20h33)
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O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira que cooperará com o Haiti no projeto de restabelecimento das forças de Defesa do país caribenho, objetivo para o qual enviará uma comissão militar nas próximas semanas.

A decisão foi adotada durante uma reunião realizada em Brasília entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, e seu colega haitiano, Jean Rodolphe Joazile, segundo um comunicado oficial.

"Demos hoje um primeiro passo a pedido do governo do Haiti e mandaremos ao país uma pequena missão que não tem nada a ver com a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti)", disse Amorim.

O ministro acrescentou que a comissão se concentrará em analisar as necessidades do Haiti e terá o objetivo de determinar "o diagnóstico" sobre como deve ser desenvolvida a ajuda, especialmente na área de engenharia militar.

"É importante sinalizar o fato de que no futuro o Haiti terá que tomar conta de sua própria segurança", completou Amorim. Segundo esta versão, a ajuda se centraria em um primeiro momento em temas de engenharia e foi analisada a possibilidade de abrir vagas para haitianos nas escolas militares brasileiras do ramo.

Amorim acrescentou que o eventual apoio na estruturação de novas forças de Defesa será desenvolvido no âmbito da cooperação bilateral existente. O ministro haitiano, por sua parte, destacou o compromisso do governo de seu país para que as forças de segurança se submetam a princípios democráticos e ao poder civil.

Durante o encontro, ambos ministros revisaram a permanência das tropas brasileiras desdobradas na Minustah, presente no país desde 2004. Amorim reiterou o compromisso brasileiro de continuar colaborando com a missão da ONU, ao mesmo tempo em que destacou a intenção de reduzir para cerca de mil uniformizados o atual contingente.

"Evidentemente estaremos no país o tempo que for necessário. No entanto, não é bom nem para o Brasil, nem para a ONU nem para o Haiti que seja uma permanência eterna", comentou.

EFE   
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