Casa Branca confirma renúncia de embaixadores sírios
A Casa Branca informou nesta quarta-feira que mais dois embaixadores sírios, no Chipre e nos Emirados Árabes Unidos, renunciaram aos cargos, e avaliou que se trata de outro sinal de que os dias do regime de Bashar Al-Assad estão "contados".
"Nós podemos confirmar as renúncias dos embaixadores sírios, tanto nos Emirados Árabes Unidos quanto em Chipre", declarou o porta-voz da presidência americana Jay Carney a bordo do avião oficial Air Force One.
"Do nosso ponto de vista, trata-se de um novo sinal de que altos funcionários próximos a Assad fogem do governo pelos atos desprezíveis encabeçados por Assad contra seu próprio povo", acrescentou Carney no avião que leva o presidente Barack Obama a Nova Orleans.
Os diplomatas são Lamia Hariri, da embaixada em Nicosia, e Abdel Latif al-Dabbagh, em Abu Dabi. Outro diplomata, encarregado da segurança na embaixada da Síria em Omã, Tahsin al-Fakir Mohamed, também anunciou sua deserção, em declarações a rede de televisão Al-Jazeera.
No dia 12 de julho passado, o embaixador da Síria em Bagdá, Fares Nawaf, abandonou o cargo e conclamou o Exército sírio a "engrossar imediatamente as fileiras da revolução".
Poucos dias depois, o regime sírio sofreu a deserção de Manaf Tlass, um general muito próximo ao presidente Assad.
Durante a coletiva a bordo do Air Force One, Carney destacou que o uso de meios aéreos para atacar os opositores mostra a "perversidade" do regime de Assad, e condenou o assalto contra a cidade de Aleppo, a segunda principal da Síria. Segundo o porta-voz, o uso de aviões, tanques e helicópteros constituem "fatos de violência odiosos contra civis desarmados". "Condenamos isto."
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