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Chávez diz que a Venezuela não é ameaça a ninguém

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Por Daniel Wallis

CARACAS, 13 Jul (Reuters) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou na sexta-feira que o seu país seja uma ameaça a quem for, numa alusão a uma discussão que surgiu na disputa presidencial norte-americana.

Em entrevista a um canal de TV em língua espanhola que foi ao ar nesta semana, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que as ações do antiamericano Chávez nos últimos anos não tiveram consequências sérias para a segurança nacional dos EUA.

O rival de Obama na eleição, o republicano Mitt Romney, reagiu dizendo que a declaração de Obama foi "assustadora e chocante", e revela um padrão de fraqueza na política externa do presidente democrata.

Em entrevista a uma TV da Venezuela na sexta-feira, Chávez disse que "a Venezuela de hoje não é uma ameaça a ninguém", e que "franco-atiradores" na imprensa dos EUA tentam sabotar sempre que existe uma tentativa de melhorar as relações entre Caracas e Washington.

Chávez também citou sua amizade com Juan Manuel Santos, presidente conservador da vizinha Colômbia. ?O presidente da Colômbia já disse duas vezes que "Chávez é um fator de estabilidade na região".

A campanha de Obama acusou Romney de estar fazendo exatamente o que Chávez deseja, ao chamar a atenção internacional para ele.

Os comentários de Romney podem entusiasmar o eleitorado cubano-americano da Flórida, onde muitos são contra Chávez por causa da sua aliança com o regime comunista dos irmãos Fidel e Raúl Castro em Cuba.

Depois de manter uma guerra retórica contra os EUA durante o mandato do republicano George W. Bush, Chávez pareceu disposto a uma aproximação após a posse de Obama, e os dois presidentes chegaram a trocar um aberto de mãos em uma cúpula. Meses depois, porém, Chávez declarou que o líder dos EUA estava frustrando o mundo, e retomou seus discursos agressivos.

(Reportagem adicional de Diego Ore)

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