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Oriente Médio

ONU fecha dia sem grandes avanços em resolução sobre Síria

12 jul 2012 - 20h32
(atualizado às 21h10)
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A primeira reunião do Conselho de Segurança da ONU para analisar a nova proposta ocidental para uma resolução sobre a Síria terminou nesta quinta-feira com uma leve aproximação entre os membros permanentes do órgão, que mantiveram as divergências quanto à ameaça de sanções a Damasco.

"Estávamos a dez milhas uns dos outros e agora estamos a dez milhas menos cinco centímetros", disse o embaixador da França na ONU, Gérard Araud, na saída da reunião mantida pelos 15 membros do Conselho de Segurança.

Araud descreveu assim o encontro, no qual foram analisados "os princípios" que devem incluir a nova resolução para ampliar o mandato da Missão de Observação das Nações Unidas na Síria (UNSMIS), pontos que dividem as potências ocidentais, de um lado, e principalmente a Rússia, de outro.

Sobre a mesa estava o projeto de resolução apresentado na quarta-feira pelos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Portugal, que ameaça a Síria com sanções diplomáticas e econômicas se o regime de Bashar al-Assad não recuar suas tropas dos centros urbanos e detiver o uso de armamentos pesados, no prazo de dez dias.

O texto contempla, além da ampliação da UNSMIS por 45 dias, que, se o governo sírio não cumprir essas condições nos dez dias seguintes à eventual adoção do projeto, o Conselho imporá sanções diplomáticas e econômicas contidas no artigo 41 da Carta da ONU, ao que Moscou se opõe.

A Rússia rechaça a inclusão de menções ao Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas - que prevê sanções e até o uso da força militar - e prefere pressionar as partes na Síria por outros meios, enquanto os países ocidentais, liderados pelos EUA, consideram necessário ameaçar com sanções para que a situação mude e os observadores internacionais possam retomar seus trabalhos no país.

EFE   
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