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Rússia nega apoio ao presidente sírio em resposta aos EUA

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"A Rússia não apoia o presidente da Síria, Bashar al Assad, e nenhum outro líder sírio", declarou nesta sexta-feira o número vice-ministério russo das Relações Exteriores, Sergei Riabkov, à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que, por sua vez, teria acusado o Kremlin de sustentar o regime de Damasco.

"Rejeitamos categoricamente a colocação de que Rússia apoia o presidente Bashar al Assad diante da situação criada na Síria. A questão não está no apoio de figuras políticas concretas, mas em colocar sobre uma base política normal os processos para resolver essa crise", afirmou Riabkov à agência "Interfax".

Horas antes, a chefe da diplomacia dos Estados Unidos disse na conferência ministerial dos chamados "Amigos da Síria", que está sendo realizada em Paris, que "o regime (de Assad) se mantém flutuando com dinheiro do Irã, apoio da Rússia e falha do resto dos países na hora de aplicar as sanções".

"Não podemos conseguir que nossos parceiros entendam algumas coisas elementares. O ocidente continua operando dentro da lógica de ''os nossos e os outros''. Parecia que essa terminologia tinha ficado no passado. E se os atuais políticos seguem com este raciocínio é porque seus pensamentos ficaram lá", respondeu o vice-ministro russo à Hillary Clinton.

Segundo Riabkov, a Rússia "não apoia políticos concretos na Síria, mas realiza um trabalho que acreditamos que possa ajudar a estabelecer o diálogo necessário entre o governo e a oposição síria.

Em Paris, Hillary considerou "intolerável" o fato da Rússia e da China continuar bloqueando os avanços da comunidade internacional para mudar a situação na Síria e, por isso, exigiu que os países "paguem um preço" pelo apoio ao presidente Bashar al Assad.

"Não acho que pensem que estão pagando um preço por estar ao seu lado. A única maneira de mudar a situação é fazer com que todas as nações aqui presentes deixem claro que esse apoio sairá caro", indicou a secretária de Estado dos EUA.

Apesar da ausência da China e da Rússia, centenas de países encontram-se reunidos em Paris para lançar uma nova mensagem contra o regime de Damasco para buscar a aceitação de um possível governo transitório.

EFE   
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