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Europa

Rússia e China voltam a boicotar condenação à Síria

6 jul 2012 - 09h53
(atualizado às 10h25)
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A China e a Rússia voltaram a boicotar nesta sexta-feira no Conselho de Direitos Humanos da ONU a sétima resolução de condenação à Síria pela repressão exercida pelo regime de Bashar al-Assad contra a população.

O presidente francês, François Hollande, discursa na abertura da conferência dos Amigos da Síria, em Paris
O presidente francês, François Hollande, discursa na abertura da conferência dos Amigos da Síria, em Paris
Foto: AP

A resolução foi apresentada pelos Estados Unidos e a Turquia. Dos 47 membros do conselho, 41 votaram a favor, três se abstiveram e três votaram contra.

Ao apresentar a resolução, o embaixador turco nas Nações Unidas em Genebra, Oguz Demiralp, lembrou que "a proporção da violência e a brutalidade na Síria alcançaram níveis inimagináveis, com a ocorrência, entre outras coisas, de mortes deliberadas de mulheres e crianças".

A embaixadora americana, Eileen Chamberlain Donahoe, denunciou "os bombardeios aéreos, os assassinatos em massa, as execuções sumárias, a tortura, incluindo abusos sexuais, e outras atrocidades cometidas pelo regime", e lembrou que o governo sírio ignora o Conselho de Segurança e ao plano do enviado especial para o país, Kofi Annan.

Eileen fez um apelo aos membros das Forças Armadas sírias: "Não deixem que Assad abuse de sua lealdade nacional".

A Rússia pediu que a resolução incluísse uma emenda que condenasse "os atos de terrorismo na Síria". A emenda foi apoiada publicamente pela China, Cuba e Angola, que destacaram a necessidade de denunciar e condenar o terrorismo em qualquer lugar no mundo. A emenda foi apoiada por oito delegações, seis se abstiveram e 33 a rejeitaram.

O embaixador sírio no conselho, Faisal Al-Hamwi, lamentou a decisão, e assinalou sua absoluta surpresa pelo fato de que o texto não faça nenhuma menção à violência exercida pelos grupos armados da oposição, apesar das denúncias da Comissão de Investigação e de Kofi Annan.

A resolução de hoje reitera o que já dito em ocasiões anteriores, ao condenar os atos violentos e apoiar a missão de Annan, que na prática está suspensa pois nenhum de seus pontos foi cumprido.

EFE   
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