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Mundo

Egípcios criam o "morsimetro" para medir trabalho do presidente

26 jun 2012 - 12h41
(atualizado às 12h43)
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Tariq Saleh
Direto de Beirute

Ativistas egípcios criaram uma página na internet para fiscalizar o desempenho do presidente eleito, o islamista Mohamed Mursi, durante seus primeiros 100 dias de mandato.

No site, ícones indicam as áreas como segurança, tráfego, pão, limpeza e combustíveis
No site, ícones indicam as áreas como segurança, tráfego, pão, limpeza e combustíveis
Foto: Reprodução

Chamado de "morsimetro", o site (morsimeter.com) enfatiza que os usuários poderão seguir de perto o membro da Irmandade Muçulmana e suas promessas feitas durante a campanha eleitoral - como restaurar a segurança, aumento de salários, falta de combustível, crise alimentar, habitação e desemprego.

Segundo seus criadores, em poucas horas desde sua criação, mais de 10 mil usuários já haviam se registrado como membros do grupo. Além disso, há uma página no Facebook (facebook.com/MorsiMeter) e no Twitter (@MorsiMeter).

"A ideia é fazer com a spessoas monitorem as políticas adotadas pelo presidente, algo impensável durante os anos do governo de Hosni Mubarak. É uma forma bem democrática de supervisionar o trabalho do presidente", disse ao Terra o ativista Talal Hamdan, um dos criadores do movimento. "O preço do pão, principal alimento básico da população vem aumentando. Outros problemas crônicos, como ruas sujas e tráfegos intensos são reinvindicações antigas de moradores".

No site, ícones indicam as áreas como segurança, tráfego, pão, limpeza e combustíveis. Cada um revela vários pontos propostos pela campanha de Mursi e o usuário pode clicar para ver as atualizações do que está sendo feito pelo governo para solucionar os problemas relacionados.

"Com isso, as pessoas tem acesso direto à informação, ou está sendo feito ou não está. O presidente terá que cumprir aquilo que prometeu", completou Hamdan.

Renascimento
Mursi (também soletrado Morsi) foi declarado o vencedor da eleição presidencial no último domingo, superando o ex-premiê Ahmed Shafiq com 51,73% dos votos. Ele será o o primeiro presidente democraticamente eleito da história do Egito.

Segundo Hamdan, a Irmandade Muçulmana vinha há quase um ano divulgando um projeto chamado "O Renascimento", e que se transformou na plataforma política de seu partido político, o Justiça e Liberdade, durante a campanha presidencial.

"Nele, a Irmandade apresentou um programa detalhado para resolver as mazelas econômicas e sociais do Egito, e que se mostrou bastante apelativo para a população em geral".

Dezesseis meses após a renúncia de Mubarak, poucos avanços foram alcançados para melhorar a condição de vida da maioria da população. Em alguns setores, segundo a imprensa egípcia, a situação só se agravou.

"Há um descontentamento generalizado e as expectativas da população em geral são muito grandes", salientou Hamdan. Segundo colunistas, o idealizador deste projeto da Irmandade é Khairat al-Shater, o primeiro candidato à presidência pelo grupo islâmico mas depois desqualificado pelo comitê eleitoral.

Fonte: Especial para Terra
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