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Oriente Médio

Turquia diz que Síria voltou a abrir fogo contra avião turco

25 jun 2012 - 15h54
(atualizado às 16h39)
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O governo da Turquia informou nesta segunda-feira que as forças da Síria abriram fogo contra outro avião de sua Força Aérea pouco após ter abatido um caça F4 na última sexta.

Em entrevista coletiva transmitida por redes de televisão locais, o porta-voz do Executivo de Ancara e vice-primeiro-ministro, Bulent Arinc, explicou que, após o caça F4 sumir dos radares, a Turquia enviou vários aviões, helicópteros e navios militares à região do incidente para buscar os destroços da aeronave derrubada e seus tripulantes.

As forças sírias abriram então fogo contra um avião bimotor turbohélice, mas interromperam o ataque "imediatamente após o exército turco as ter contactado", disse o vice-primeiro-ministro após participar de uma reunião do gabinete de Recep Tayyip Erdogan.

O tema principal do Conselho de Ministros, que durou sete horas, foi a eventual resposta à derrubada de seu avião militar, apesar da prioridade de Ancara continuar sendo a busca e resgate dos dois pilotos da aeronave, ainda desaparecidos.

Arinc ressaltou que a Turquia não quer a guerra, mas não descartou uma represália.

"Não temos intenção de declarar a guerra a ninguém, mas faremos tudo o que for necessário", disse.

O porta-voz insistiu hoje na versão de Ancara expressada ontem pelo chanceler turco, Ahmet Davutoglu, de que o primeiro caça foi abatido sem nenhuma advertência quando estava em espaço aéreo internacional.

"A Turquia se reserva os direitos derivados da lei internacional, incluindo o direito à represália. A Turquia não hesitará em dar os passos necessários como resposta", ressaltou Arinc.

Segundo a imprensa turca, Erdogan informou aos líderes políticos da oposição sobre a descoberta de quatro botas militares que, acredita-se, pertenciam aos dois tripulantes, e teme que ambos tenham se afogado ao afundarem junto com o avião abatido.

Os turcos estão à espera de que Erdogan fale sobre as possíveis retaliações durante um discurso, amanhã, ao grupo parlamentar de seu partido. A imprensa local especula que Ancara não vai decretar uma guerra contra o país vizinho, mas tentará fazer com que Damasco "pague" por seu ataque.

Também amanhã, a Otan se reunirá a pedido de Ancara para debater o assunto. EFE

dt/id

EFE   
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