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Estados Unidos

Venezuela, Bolívia e Nicarágua denunciam golpe no Paraguai

22 jun 2012 - 15h27
(atualizado em 26/6/2012 às 21h31)
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As diplomacias da Venezuela, da Nicarágua e da Bolívia denunciaram nesta sexta-feira à Organização de Estados Americanos (OEA) que o processo de impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, é um golpe de Estado. "Estamos prestes a ver um novo golpe de Estado, com outros modos de desrespeitar a autoridade do presidente", disse o embaixador da Nicarágua, Denis Moncada, que pediu que a OEA não reconheça um novo governo se Lugo for destituído do poder.

Com as cores da bandeira do Paraguai no rosto, manifestante apoia Fernando Lugo, que pode sofrer impeachment
Com as cores da bandeira do Paraguai no rosto, manifestante apoia Fernando Lugo, que pode sofrer impeachment
Foto: AP

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A OEA convocou uma reunião extraordinária em sua sede em Washington, nos Estados Unidos, para discutir a crise política no Paraguai. "Nós denunciamos toda uma tentativa escondida de golpe de Estado em pleno andamento", disse a representante alterna da Venezuela na OEA, Carmen Velásquez. O embaixador da Bolívia, Diego Pary, endossou o discurso.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, rejeitou que o que está em curso é um golpe de Estado, porque "o procedimento legal está sendo seguido". "O que estamos propondo é a dúvida de se, ao seguirmos o processo (de impeachment), estamos respeitando os direitos que as pessoas têm de se defender e ter um processo justo", disse Insulza. "Realmente não haveria nenhum dano à democracia paraguaia dar um tempo maior (a Lugo) e criar melhores condições de defesa", afirmou ele.

Insulza, que assinalou que tinha conversado com o próprio Lugo e o chanceler paraguaio, Jorge Lara, durante as últimas horas, afirmou que o processo está sendo "um tanto apressado" e se mostrou surpreso como se vai ditar uma "sentença com tanta rapidez".

Em Assunção, o Senado paraguaio julga Lugo por "mau desempenho" em suas funções, depois que a Câmara dos Deputados pediu o impeachment do presidente. A origem do processo foi a morte de 11 trabalhadores sem-terra e de 6 policiais em um confronto armado na última sexta-feira, em Curuguaty, 250 km a nordeste de Assunção, durante a desocupação de uma fazenda.

Com informações do jornal ABC.

Fonte: Terra
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