Paraguai: entenda a crise política e suas consequências
Marcia Carmo
22 jun2012 - 09h57
(atualizado em 26/6/2012 às 22h16)
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Marcia Carmo
Da BBC Brasil
Eleito presidente do Paraguai em 2008, interrompendo uma hegemonia de seis décadas do Partido Colorado no poder, Fernando Lugo pode ser derrubado nesta sexta-feira em um conturbado processo "relâmpago" de impeachment.
Conhecido como o "bispo dos pobres" por seu histórico de liderança de movimentos sociais quando era bispo da Igreja Católica, Lugo assumiu a Presidência com uma ampla aliança. Porém, acabou governando sem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado.
Setores da oposição já tinham tentado, no passado, iniciar um processo político contra o presidente quando ele assumiu a paternidade de crianças geradas na época em que ainda era bispo, mas a iniciativa não prosperou devido à discordância de forças políticas da própria oposição.
Desta vez, o apoio do partido de seu vice-presidente, Federico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autentico), foi decisivo para que o processo de impeachment fosse iniciado. Lugo e Franco haviam rompido sua aliança recentemente e o vice-presidente assumirá o poder caso Lugo seja afastado.
"Sem o apoio do PLRA Lugo ficou politicamente isolado", disse à BBC Brasil o analista político Francisco Capli, da consultoria First Análisis y Estudos. Para o analista político Alfredo Boccia, colunista de política dos jornais paraguaios e médico particular de Lugo, "há muito tempo a oposição buscava esse momento".
Entenda a crise política no Paraguai:
O que detonou a crise que pode levar à queda de Lugo? Parlamentares da oposição acusam Lugo de ser responsável pelas mortes de 11 camponeses e sete policiais em um confronto, na última sexta-feira, na fazenda de Curuguaty, no Departamento (Estado) de Canindeyú, próximo à fronteira com o Paraná. A propriedade pertence ao empresário e político paraguaio Blas Riquelme.
Opositores sugeriram que o grupo armado EPP (Exército do Povo Paraguaio) estaria envolvido na reação contra os policiais e teria recebido apoio "disfarçado" de Lugo, segundo Boccia. Não existem, porém, comprovações sobre a participação do EPP. A ocupação das terras foi liderada pela Liga Nacional de Carperos (Liga Nacional de Acampados, em tradução livre).
A disputa por terras se intensificou nos últimos meses com líderes dos sem-terra pedindo uma revisão dos títulos de propriedade dos fazendeiros - em muitos casos brasiguaios - sob argumento de que os latifúndios foram distribuídos de forma ilegal durante o regime militar liderado por Alfredo Stroessner (1954-1989).
A Constituição do país estabelece que o presidente pode ser processado por "mau desempenho de suas funções, por delitos cometidos no exercício de seus cargos ou por delitos comuns", daí a tentativa de impeachment.
Quais são as chances de Lugo ser cassado?
Para analistas políticos, a cassação só não ocorrerá se o Senado desistir de levar o processo de impeachment adiante após a reação dos países da Unasul contrários a esta iniciativa. Lugo não tem maioria dos votos na Câmara e no Senado. Na Câmara, 76 deputados votaram a favor do processo de impeachment. Apenas um apoiou Lugo e três se abstiveram.
Para passar no Senado, o impeachment deve ser aprovado por dois terços dos parlamentares. A Casa tem 45 senadores, porém apenas três (todos de partidos minoritários) apoiam Lugo. As bancadas mais fortes são do Partido Colorado (15) e do Partido Liberal (14). Segundo Boccia, o governo não conseguiria "nem uma dezena de votos".
Quais são os trâmites do processo no Congresso?
Pela Constituição do Paraguai, é relativamente fácil para um Congresso em que a oposição tem ampla maioria abrir um processo de impeachment contra o presidente.
A Carta estabelece que o presidente e outras autoridades poderão ser processados e afastados por "mau desempenho de suas funções, por delitos cometidos no exercício de seus cargos ou por delitos comuns". Seguindo disposições constitucionais, o processo contra Lugo foi aberto pela Câmara dos Deputados e agora deve ser julgado pelo Senado.
O presidente deve ser ouvido ao meio-dia desta sexta-feira (13h de Brasília) e a votação na Casa para decidir se ele fica ou não no cargo pode começar a partir das 16h30 (17h30 de Brasília).
Quem pode apoiar Lugo no Paraguai?
Eleito com 41% dos votos em 2008 prometendo combater a pobreza e fazer uma reforma agrária, Lugo tem o apoio de movimentos sociais como grupos sem-terra e associações de professores.
Nos últimos anos, parte de seus simpatizantes passou a manifestar insatisfação com o fato de a redistribuição de terras não ter saído do papel, mas espera-se que esses críticos moderados voltem a defender o presidente paraguaio no caso de um impeachment.
Na quinta-feira, cerca de 1,5 mil aliados de Lugo começaram a acampar nas imediações do Congresso para pressionar os parlamentares a desistirem do processo político para afastá-lo. Segundo esses simpatizantes, cerca de 70 ônibus com mais manifestantes devem chegar a Assunção hoje.
Não há clareza sobre os índices de aprovação de Lugo hoje. Segundo o instituto de pesquisas paraguaio Enrique Taka Chase, sua popularidade caiu de 58% para 38% desde 2008. Uma pesquisa do Centro de Estudios y Educación Popular Germinal, porém, ainda lhe dava 58% de aprovação em janeiro.
O que pode ocorrer se Lugo for cassado?
Lugo afirmou em cadeia de TV que aceitará o resultado do processo de impeachment e enfrentará "todas as consequências" da votação no Congresso. Segundo analistas paraguaios, o vice-presidente Frederico Franco assumirá o cargo, mas provavelmente terá de enfrentar uma onda de protestos populares, além de pressões internacionais.
De acordo com o jornal ABC Color, por exemplo, a estatal petrolífera venezuelana PDVSA poderia cancelar os repasses de combustível feitos à Petropar.
Protestos violentos não foram descartados pelas autoridades e mais de 4 mil policiais foram destacados para proteger o Parlamento. Na quinta-feira, ativistas e membros de movimentos sociais começaram a acampar em frente ao Parlamento para fazer uma vigília em apoio ao presidente. Mais de 70 ônibus partiram do Estado de San Pedro levando manifestantes favoráveis a Lugo e devem chegar à capital nesta sexta-feira.
Já na tarde de quinta-feira em Assunção comerciantes fecharam as portas e estudantes foram dispensados das aulas mais cedo, segundo agências de notícias. A população teme a repetição de conflitos que ocorreram na cidade após o assassinato do vice-presidente Luis Maria Argaña, em 1999.
Como os países vizinhos reagiram à crise? A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) fez uma reunião de emergência no Rio de Janeiro e enviou uma comissão de chanceleres ao Paraguai. O protocolo da organização prevê a possibilidade de imposição de sanções ao país - como o fechamento de fronteiras - em caso de "ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática".
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que autoridades do Paraguai devem respeitar o "devido processo" para a eventual destituição do mandatário, estabelecendo prazos que permitam a "preparação adequada" da defesa do presidente.
Já os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da América) divulgaram comunicado repudiando o processo contra Lugo e classificando a ação como uma "manobra dos setores de direita".
Deputados paraguaios discutem o pedido de impeachment de Lugo, aprovado na quinta-feira, dia 21
Foto: EFE
Manifestantes protestam contra o pedido de impeachment de Lugo em frente ao Congresso, em Assunção
Foto: EFE
Após aprovação na Câmara de deputados, Senado inicia apreciação do pedido de impeachment de Fernando Lugo
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Policiais antidistúrbios patrulham as ruas de Assunção; a chance de impeachment reforçou o policiamento para evitar confrontos no país
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Policias acompanham movimentação em Assunção após o pedido do impeachment aprovado pela Câmara de deputados
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Fernando Lugo disse que aceita passar por processo, mas que se recusa a renunciar
Foto: EFE
Foto: Terra
Manifestantes protestam contra o impeachment de Fernando Lugo em frente ao Congresso do Paraguai, em Assunção
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Enrolado na bandeira paraguaia, homem passa por faixa pendurada perto do Congresso do país
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Apoiador de Fernando Lugo se une aos manifestantes com as cores da bandeira do Paraguai pintadas no rosto
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Mulher e duas crianças fazem vigília na Praça das Armas, em Assunção, em apoio ao presidente paraguaio
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Moradores protestam contra o impeachment de Fernando Lugo em frente ao Parlamento do Paraguai, em Assunção
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O presidente Fernando Lugo, que passa por um processo de impeachment, chega à sede do governo, em Assunção. Neste local, Lugo observará o transcorrer de seu julgamento de impeachment, enquanto os seus advogados fazem a sua defesa no Senado do país
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O presidente do Senado do Paraguai, Jorge Oviedo Mato, conversa com os chanceleres da Unasul durante reunião
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Equipe jurídica de Fernando Lugo durante a reunião no Senado paraguaio que vai decidir o futuro do chefe de Estado
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Atirador posicionado sobre prédio do Parlamento paraguaio observa manifestação de apoiadores de Fernando Lugo na Praça das Armas, em Assunção
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Milhares de paraguaios se reúnem na Praça das Armas em protesto contra o julgamento político de seu presidente
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Segurando bandeiras do Paraguai e portando cartazes denunciando um "golpe de Estado", paraguaios fazem manifestação em apoio a Lugo
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O presidente Fernando Lugo foi acusado de "mau desempenho" em suas funções, em um julgamento promovido pela Câmara dos Deputados
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Com as cores da bandeira do Paraguai no rosto, manifestante apoia Fernando Lugo, acusado de responsabilidade pelas mortes de 11 camponeses e sete policiais em um confronto, na última sexta-feira, na fazenda de Curuguaty, próximo à fronteira com o Paraná
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A polícia age contra manifestantes que se amotinaram após o anúncio do impeachment
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Segundo a imprensa paraguaia, os manifestantes tentaram ultrapassar as grades de metal que protegiam o Parlamento
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Logo após o anúncio do afastamento de Fernando Lugo da presidência paraguaia, a multidão que aguardava o resultado na praça em frente ao Congresso explodiu em protestos; a polícia antimotim imediatamente agiu usando canhões d'água
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Policiais e manifestantes correm durante distúrbios que explodiram nas ruas do Paraguai após o anúncio do impeachment de Fernando Lugo
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Enfurecidos, apoiadores de Fernando Lugo protestam contra decisão do Congresso de destituir o presidente por "mau desempenho de funções"
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Paraguaio é detido pela polícia ao tentar entrar invadir o escritório da vice-presidência do país, em Assunção
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Protestos explodiram no início da noite no Paraguai, culminando em confrontos entre polícia e manifestantes favoráveis ao presidente deposto Fernando Lugo nas ruas do país
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Após o impeachment, Fernando Lugo fez um pronunciamento emocionado de despedida da presidência
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Federico Franco faz seu primeiro discurso como presidente do Paraguai
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O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, chega ao palácio presidencial cercado por agentes de segurança. Franco fez neste sábado sua primeira reunião na condição de mandatário da nação, cargo assumido após um processo relâmpago que culminou no impeachment de Fernando Lugo
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Na segunda entrevista coletiva após tomar posse, o novo presidente do Paraguai escolheu o Brasil como um dos temas principais. Federico Franco disse que espera manter com o país vizinho e a presidente Dilma Rousseff relações harmônicas
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O núncio (representante do Vaticano) da Igreja Católica no Paraguai, Eliseo Antonio Ariotti (D), disse que Franco pode contar com o apoio dos católicos para exercer os 11 meses de governo que tem pela frente
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Soldado paraguaio patrulha o palácio presidencial em Assunção: ao contrário do clima tenso registrado após o anúncio do impeachment de Fernando Lugo, o clima de normalidade impera neste sábado nas principais ruas e avenidas da capital paraguaia
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Federico Franco saúde forças de segurança ao chegar ao palácio presidencial em Assunção. O recém-empossado presidente paraguaio deve ficar no cargo até que um novo mandatário seja eleito, em agosto de 2013
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O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, durante culto ecumênico em frente à catedral de Assunção
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A Igreja Católica do Paraguai cobrou do novo presidente, Federico Franco, que promova a reforma agrária e garanta a inclusão social, melhorando os serviços de saúde e educação, além de empregos com qualidade
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23 de Junho
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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Luiz Fernandes Estigaribia, afirmou que o país irá continuar negociando o reconhecimento do governo
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Confronto entre policiais e sem-terra em uma área ruraldo país, que terminou com 17 mortes, desencadeou a queda do presidente
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Lugo fez um apelo neste domingo para que os paraguaios reajam com manifestações pacíficas
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O ex-presidente Fernando Lugo afirma que foi alvo de um golpe de Estado
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Lugo sofreu um processo de impeachment na última sexta-feira e causou polêmica no país
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Cerca de 100 pessoas se aglomeraram em frente à TV Pública do Paraguai, na capital Assunção, para seguir com os protestos contra a destituição do ex-presidente Fernando Lugo
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Fernando Lugo se reúne com os ex-integrante de seu governo na sede do Partido País Solidário (PPS)
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Lugo bebe o tradicional tererê paraguaio durante o encontro
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O ex-presidente disse que mantém conversas com o governo argentino para tentar viabilizar sua presença na próxima reunião do Mercosul
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Jornalistas cercam o ex-presidente Fernando Lugo após reunião com antigos integrantes de seu governo. Lugo afirmou que está criando uma espécie de gabinete paralelo com os ex-integrantes de seu governo para "fiscalizar" as ações de seu sucessor, Federico Franco
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Grupo de estudantes, sindicalistas e membros de movimentos sociais brasileiros protestou contra deposição de Fernando Lugo em frente ao consulado paraguaio em São Paulo
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Federico Franco (D) se reuniu com seus ministros recém-empossados nesta segunda-feira em Assunção
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Ministros nomeadeos pelo novo presidente paraguaio, Federico Franco, tomam posse em Assunção
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Grupo de camponeses favorável a Fernando Lugo, presidente destituído na semana passada pelo Congresso, após processo de impeachment, chegou a Assunção nesta segunda-feira
Foto: Daniel Favero / Terra
Marcha dos camponeses ocorre no mesmo dia em que o Partido Liberal Autentico Radical (PLRA) anunciou uma manifestação, a ser realizada na quarta-feira, em favor do presidente paraguaio Frederico Franco
Foto: Daniel Favero / Terra
Os camponeses disseram que temem uma possível reação violenta do governo paraguaio
Foto: Daniel Favero / Terra
Gritando palavras de ordem, em um idioma que mescla espanhol e guarani, os camponeses não têm data para voltar para casa
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Os camponeses se uniram aos manifestantes que, desde sexta-feira, se aglomeram em frente ao prédio da TV Pública do Paraguai
Foto: Daniel Favero / Terra
Um grupo de aproximadamente 50 camponeses chegou a Assunção para se unir aos manifestantes favoráveis a Fernando Lugo
Foto: Daniel Favero / Terra
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O general aposentado Lino Oviedo (centro_ aguarda a cerimônia de posse de Manuel Ferreira como ministro da Economia
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O presidente paraguaio, Federico Franco, cumprimenta o presidente do Parlamento, Jorge Oviedo Matto, antes de fazer um juramento
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O presidente Federico Franco chega à cerimônia para seu recém nomeado ministro da Educação, em Assunção
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O novo presidente paraguaio presta um juramento ao nomear o novo ministro da Educação
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O presidente Federico Franco acena após a cerimônia de juramento, em Assunção
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Lugo participa da reunião de seu gabinete paralelo ao governo de Franco
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O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, deposto na sexta-feira, sorri em reunião de seu antigo gabinete
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Após ter todos os recursos rejeitados pela Justiça paraguaia, o ex-presidente Fernando Lugo, destituído do poder na semana passada, apresentará recurso junto à Corte Interamericana de Diretos Humanos para tentar voltar ao poder. Além disso, Lugo percorrerá diversos departamentos (Estados) para apresentar sua defesa e reunir apoiadores
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O presidente paraguaio, Federico Franco, apresentou seu plano de governo ao Congresso em busca de apoio financeiro para os próximos 14 meses de gestão, após assumir o poder no lugar do deposto Fernando Lugo, com o país isolado dos vizinhos em termos diplomáticos
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Os parlamentares se comprometeram perante Franco a nomear rapidamente um vice-presidente. A Constituição paraguaia prevê que o Congresso deve nomear um vice-presidente se a mudança de governo ocorrer na parte final do mandato, que se estende até agosto de 2013
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Franco visitou líderes militares na sua qualidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas
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Lugo pretende se reunir com grupos de diversos setores para apresentar sua defesa com o objetivo de arrebanhar apoiadores e incitar as manifestações pacíficas e contrárias à sua destituição