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Oriente Médio

Ahmadinejad critica "dominadores" e defende soberania síria

21 jun 2012 - 19h33
(atualizado às 21h02)
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Cirilo Junior
Direto do Rio

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, criticou nesta quinta-feira uma possível intervenção ocidental na Síria. Para ele, a crise política que o país enfrenta deve ser resolvida internamente, entre as forças políticas locais. Ahmadinejad disse que um novo conflito armado só pioraria a atual situação.

Ahmadinejad na Rio 20: o presidente reiterou a doutrina do não intervencionismo e da soberania da na nação Síria
Ahmadinejad na Rio 20: o presidente reiterou a doutrina do não intervencionismo e da soberania da na nação Síria
Foto: Mauro Pimentel / Terra

"Cremos que governo e oposição, por meio de consenso e diálogo, têm que resolver os problemas. O envio de armamentos não ajudará nessa discussão. Conflitos pioram a situação", afirmou, em entrevista coletiva, no Rio, onde participa da conferência Rio+20.

Ahmadinejad pontuou que a ação de governos ocidentais ocasiona grandes problemas no mundo árabe. Segundo o líder iraniano, países como os Estados Unidos têm interesse em patrocinar revoluções armadas com interesses em manipular governos que possam ascender ao poder. Ele acusou ainda as principais potências pelas mortes de milhares de pessoas na região.

"Os dominadores estão tentando impedir ou fazer gestão desses movimentos. Justiça e liberdade são direitos de todos. Nosso problema na região é a intervenção dos poderes ocidentais. Constantemente, fazem divisões dos povos, utilizando de um governo contra o outro, tendo em vista que tem outros planos para governos que estão apoiando", criticou.

Com seu tradicional discurso contra as "nações dominadoras", lembrou da intervenção no Iraque, e a citou como mau exemplo das intervenções ocidentais. Para o presidente iraniano, a ocupação de tropas americanas, deflagrada na década passada, atrasou em 50 anos o progresso do Iraque.

"Foram eles que apoiaram a subida de Saddam Hussein ex-ditador iraquiano. Um milhão de pessoas sofreram. Falaram em estabelecer democracia, mas a cobiça atrás dessa máscara foi questão do petróleo que existia", observou.

Fonte: Terra
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