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Europa

Grécia: conservadores vencem eleições e querem governo de união

17 jun 2012 - 14h49
(atualizado às 18h53)
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O partido conservador Nova Democracia (ND), liderado por Antonis Samaras, foi o partido mais votado nas eleições legislativas gregas deste domingo, segundo os primeiros resultados oficiais com 30% dos votos apurados. Segundo esses dados, o ND obteria 30,61% dos votos enquanto a formação de esquerda Syriza alcançaria 25,83%.

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Antonis Samaras se proclamou vencedor das eleições deste domingo e convidou as formações europeístas a formar um Executivo de salvação nacional. "O povo heleno votou hoje pela permanência do país na eurozona e a favor das forças políticas que trarão desenvolvimento e emprego", declarou à imprensa o dirigente conservador. "Não haverá mais aventuras; o lugar da Grécia na Europa não será colocado em dúvida, os sacrifícios do povo grego renderão frutos".

Com 82,5% dos votos apurados, o Nova Democracia obteve 30,02% dos sufrágios, contra 26,61% do Syriza. De acordo com uma estimativa de resultados da Syngular Logic, a empresa que se encarrega de computar os votos, o ND alcançaria 130 cadeiras; o Syriza, 71; o Pasok, 33; Gregos Independentes, 20; Amanhecer Dourado, 18; Esquerda Democrática, 16; e o Partido Comunista, 12. Com estes resultados, o ND e o Pasok poderão formar um governo com mais de 151 das 300 cadeiras do Parlamento, uma cômoda maioria. A diferença entre o percentual de votos e o número de cadeiras se deve ao fato de que a Constituição grega atribui 50 cadeiras suplementares ao partido vencedor das eleições.

Cerca de 9,9 milhões de gregos foram convocados a votar nestas eleições depois que o pleito do último dia 6 de maio resultou em uma fragmentação do Parlamento que impediu a formação de governo. Estas eleições são consideradas cruciais para o futuro da Grécia dada a muito delicada situação financeira do país mediterrâneo, afligido por uma elevada dívida soberana e um forte empobrecimento da população. A Grécia se encontra no quinto ano de recessão e enfrenta duras medidas de austeridade impostas pelos credores internacionais como contrapartida para receber créditos destinados a pagar sua dívida.

A Nova Democracia afirma ser o "fiador" da permanência da Grécia na zona do euro, mas quer "renegociar" o memorando do plano de ajuste acertado com União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). O memorando permitiu ao país obter um socorro financeiro para evitar a falência.

Conservadores querem formar governo rapidamente

A Nova Democracia vai iniciar suas tentativas de formar um novo governo o mais rápido possível, disse à Reuters o líder Antonis Samaras. "Estou aliviado. Estou aliviado pela Grécia e pela Europa. Formaremos o novo governo o mais rápido possível", disse ele à Reuters enquanto deixava seu escritório sob o canto entusiasmado de vários de seus seguidores.

Samaras se comprometeu a aplicar "políticas europeias" para garantir o desenvolvimento do país. "Trabalharemos para que o país saia da crise", assegurou Samarás, ressaltando que do voto do povo sairá um governo estável com orientação pró-europeia. "Apelamos a todas as forças políticas que se unam em torno do objetivo de manter o país no euro (...) e formem um governo de união nacional". A Grécia "não pode perder mais um minuto", disse Samaras em sua primeira entrevista após as eleições.

Por seu lado, o frente radical esquerdista Syriza disse a seu rival que formasse seu governo sem ele, já que manterá sua oposição ao plano de resgate internacional grego. "O Sr. (Alexis) Tsipras telefonou para Antonis Samaras e disse pare ele ir em frente e formar o governo sem o Syriza e disse que o Syriza é a agora o principal partido de oposição", disse o porta-voz do Syriza, Panos Kourletis, à Reuters.

Ele fez o comentário após uma estimativa oficial indicar que o Nova Democracia e o socialista Pasok, que também apóia o plano de resgate grego, tinham conseguido cadeiras suficientes no Parlamento para formar uma coalizão a favor programa de austeridade econômica desenhado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Com informações das agências internacionais

Fonte: Terra
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