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Oriente Médio

Israel acusa Síria de genocídio e pede intervenção de potências

10 jun 2012 - 11h26
(atualizado às 11h43)
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O vice-primeiro-ministro israelense, Shaul Mofaz, acusou neste domingo a Síria de ter cometido genocídio durante a repressão ao levante que já dura 15 meses e fez o mais explícito apelo de Israel até agora por uma ação militar contra o vizinho árabe.

Navio suspeito de levar armas para a Síria chega ao porto de Iskenderun, após ser interceptado
Navio suspeito de levar armas para a Síria chega ao porto de Iskenderun, após ser interceptado
Foto: AFP

Mofaz instou as potências mundiais a derrubarem o presidente sírio, Bashar al-Assad, do mesmo modo como foi feito na campanha apoiada por países ocidentais na Líbia, que depôs o líder líbio Muammar Gaddafi.

Em um comentário separado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o governo sírio está massacrando civis com o apoio do Irã e do Hezbollah, arqui-inimigos de Israel. "O mundo deveria compreender o tipo de ambiente em que vivemos", disse ele ao gabinete de governo, em declarações depois divulgadas pela mídia local.

Até recentemente Israel vinha demorando para pedir a derrubada de Assad, temendo agravar as turbulências na Síria. Os dois países são inimigos, mas nas últimas décadas estão imersos num impasse estável. No entanto, a mídia israelense divulga a cada hora informações sobre a morte de civis na Síria, a indignação da população israelense cresce e as autoridades do país ampliaram suas críticas.

Nas últimas semanas, ministros israelenses pediram duras ações contra a Síria, sem entrar em detalhes. Altas autoridades, falando sob anonimato, confirmam que uma eventual ação poderia ser uma intervenção estrangeira.

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