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Estados Unidos

EUA: menina corta próprio cabelo para doar a amiga com câncer

6 jun 2012 - 07h16
(atualizado às 07h30)
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Uma menina americana chamou a atenção de pessoas ao redor do mundo após doar seu cabelo a uma amiga com câncer. Katie Tindall, 9 anos, decidiu que queria ajudar sua colega de classe Emily Pena, 8 anos, após perceber que a garota tinha perdido o cabelo por causa de seu tratamento para combater um câncer.

Katie Tindall (esq.) deixou o cabelo crescer por um ano antes de doá-lo à amiga Emily Pena
Katie Tindall (esq.) deixou o cabelo crescer por um ano antes de doá-lo à amiga Emily Pena
Foto: BBC Brasil

"Katie ficou comovida pelo fato de que sua amiga precisava usar um chapéu para ir à escola", disse à BBC Brasil Marissa Tindall, mãe da menina que tem dois irmãos gêmeos.

Ela deixou o cabelo crescer por cerca de um ano antes de cortá-lo e entregá-lo para o programa Wigs for Kids, que organiza doações e confecciona perucas para crianças com câncer de forma gratuita. "Katie não precisou raspar a cabeça, mas ficou com o cabelo bem curtinho", disse a mãe da menina.

Para ela, a mensagem mais importante da atitude da garota é que as crianças têm o poder de tomar decisões para ajudar umas às outras. "Como pais, queremos que nossos filhos façam o bem para os outros", acrescenta Marissa.

Além da doação, Emily teve outro grande motivo de felicidade no fim de maio, quando recebeu a notícia de que estava curada do câncer contra o qual lutou por mais de um ano e meio.

Wigs for Kids
Baseada em Ohio, nos EUA, a organização Wigs for Kids recebe cerca de 178 inscrições de crianças com câncer que precisam de perucas todos os anos, e consegue atender em média 110 a 120 dos pedidos.

Divina Elan, diretora da entidade, disse à BBC Brasil que para confeccionar uma peruca são necessárias entre 10 e 15 doações e que os recursos necessários para manter a ONG provêm de eventos beneficentes.

Embora a maioria dos atendidos seja dos Estados Unidos, o programa já doou perucas para crianças do Oriente Médio e para países da América do Sul, entre eles o Equador. "Tudo começou nos anos 1980, com uma menina que teve leucemia e perdeu seu cabelo", conta Divina.

A diretora da organização diz que não só crianças com câncer recebem as doações, mas também vítimas de acidente e outras doenças. "Gostamos de ressaltar que a doação de cabelo é um pequeno gesto que pode ter um grande impacto na vida de uma criança com câncer", disse.

Ela destaca que crianças brasileiras também podem se inscrever e que é necessário traduzir as informações, já que todos os documentos devem ser preenchidos em inglês. Além disso, como cada peruca é customizada, um salão de cabeleireiros precisa mediar o contato, enviar medidas e se prontificar a receber o material e finalizar a entrega no país.

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