A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, acusou nesta sexta-feira a Rússia de continuar fornecendo armas ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, o que desperta "sérias preocupações" nos Estados Unidos.
"Sabemos que houve um comércio regular de armas, inclusive durante o ano passado, da Rússia para a Síria. Também acreditamos que o fornecimento contínuo de armas da Rússia fortaleceu o governo de Assad", disse Hillary em uma entrevista coletiva à imprensa em Oslo.
"O fato de a Rússia ter mantido suas vendas ante os esforços da comunidade internacional para impor sanções (...) despertou sérias preocupações em nós", disse.
Clinton fez essas acusações pouco depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter declarado nesta sexta-feira em Berlim que a Rússia não apoia nenhuma das partes em conflito na Síria nem fornece a esse país "armas para serem utilizadas em uma guerra civil".
A entrada do bairro Bab al-Tebbaneh virou um cenário de destruição após os enfrentamentos entre os grupos rivais
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Armado, muçulmano sunita leva o filho para longe dos confrontos no bairro Bab al-Tebbaneh, em Trípoli
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Homem atira contra alauítas simpatizantes de Bashar al- Assad
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Sunita contrário ao regime do ditador sírio usa barricada de pneus para se proteger durante os confrontos
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Homem aponta arma por uma janela no bairro Bab al-Tebbaneh, de maioria sunita
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Sunitas contrários ao ditador sírio enfrentam alauítas simpatizantes de Assad no bairro Jabal Mohsen, em Trípoli, no Líbano. Os conflitos entre os dois grupos mataram duas pessoas nesta segunda-feira, elevando a cinco o número de mortos desde o início dos enfrentamentos. Os combates, que também têm motivos religiosos, explodiram no sábado, em um protesto pela libertação do islamita Chadi al-Mawlawi, 27 anos, preso por "terrorismo" por pedir a independência da Síria