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Europa

Rússia reitera que vetará intervenções militares na Síria

30 mai 2012 - 04h34
(atualizado às 05h21)
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A Rússia vetará qualquer iniciativa destinada a uma intervenção militar estrangeira na Síria que seja levada ao Conselho de Segurança da ONU, assegurou nesta quarta-feira o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Gennady Gatilov.

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"Sempre dissemos que estamos categoricamente contra qualquer ingerência no conflito sírio, porque isso só agravaria a situação e teria consequências imprevisíveis tanto para a Síria como para toda a região", declarou Gatilov.

O diplomata russo respondeu assim ao novo presidente francês, François Hollande, que não exclui a possibilidade de uma intervenção armada na Síria para pôr fim à repressão do regime de Bashar al-Assad.

Gatilov também apontou que seria precipitado convocar uma reunião do Conselho de Segurança para adotar novas sanções contra o regime de Assad, tal qual propôs o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle.

"A aprovação de novas medidas de pressão seria precipitada neste momento. É preciso dar uma oportunidade à realização do plano de paz de Kofi Annan e é importante que todos os jogadores externos, incluídos nossos parceiros ocidentais, exerçam influência de maneira oportuna sobre a oposição (síria)", manifestou Gatilov.

Moscou acredita na declaração para a imprensa aprovada pela sessão urgente do Conselho de Segurança, que se reuniu após o massacre na localidade de Al Houla, na última sexta-feira, no qual foram assassinados mais de 100 civis.

"A declaração para a imprensa do presidente do Conselho de Segurança sobre os trágicos fatos de Al Houla foi um sinal suficientemente forte para as partes sírias e é uma reação suficiente do Conselho aos últimos eventos neste país", indicou Gatilov.

O vice-ministro da Chancelaria russa manifestou que a comunidade internacional deve estudar a aplicação de novos mecanismos de controle para garantir o cumprimento do plano de regulação do conflito do enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, em vigor desde 12 de abril.

"É possível que seja necessário analisar mais uma vez como colaboram os observadores da ONU e pensar em um mecanismo adicional para implementar o plano de Annan", disse Gatilov.

EFE   
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