Farc anunciam que vão soltar jornalista na próxima quarta
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) informaram neste domingo que vão soltar, na próxima quarta-feira, o jornalista francês Roméo Langlois, que está há quase um mês em poder da guerrilha.
A informação foi divulgada pela internet, nas páginas da frente 15 do Bloco Sul da organização. A nota, assinada pela guerrilha nas "montanhas da Colômbia", destaca que "a libertação do jornalista francês Romeo Langlois acontecerá na próxima quarta-feira, dia 30 de maio".
Outro ponto que consta da nota é a informação de que as coordenadas do local onde Langlois será libertado serão entregues "oportunamente" a uma missão humanitária formada por representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a ex-senadora Piedad Córdoba e um representante do governo francês.
Por último, o comunicado indica um pedido de garantia de segurança: "Nos declaramos na expectativa em torno da divulgação dos protocolos de segurança indispensáveis para o sucesso da operação. Todos os protagonistas desta libertação devem ser cercados de garantias para sua integridade física".
Piedad Córdoba, que está no México preparando seu programa para o canal venezuelano "Telesur", antecipará de quinta-feira para amanhã, segunda, seu retorno à Colômbia para acertar os detalhes da operação de libertação, conforme informações de sua assessoria de imprensa.
A ex-senadora, afastada em 2010 de seu cargo por vínculos com o grupo rebelde, disse no último sábado a um programa de rádio da Colômbia que um representante do presidente francês François Hollande chegaria ao país tão logo as Farc anunciassem a data da libertação do jornalista.
María Cristina Rivera, porta-voz da Cruz Vermelha, afirmou que a operação logística já foi iniciada e que, nas próximas horas, está prevista a apresentação de uma minuta do protocolo de segurança a representantes do Ministério da Defesa colombiano, para que esteja tudo em acordo "com as outras partes".
As Farc manifestaram desde o início da captura do jornalista que havia intenção de libertá-lo, e reivindicaram também seu "pleno direito" de "deter e investigar" qualquer colombiano ou estrangeiro.
Além disso, representantes da guerrilha justificaram que Langlois usava um colete e um capacete do exército no momento do sequestro, já que ele acompanhava um batalhão antidrogas para fazer uma reportagem sobre seus trabalhos.
Langlois está em poder da guerrilha desde o dia 28 de abril, quando os guerrilheiros armaram uma emboscada ao batalhão antidrogas e iniciaram longos combates em uma zona rural de Montañita, município do departamento de Caquetá.
Com informações da EFE e AFP