Pastor americano que defende extinção de gays causa indignação
22 mai2012 - 19h04
(atualizado às 19h47)
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Um pastor americano causou indignação na Internet nesta terça-feira, depois de sugerir às pessoas que prendam homossexuais em um cercado elétrico como gado e esperem que morram.
O reverendo Charles Worley manifestou estas ideias dia 13 de maio - Dia das Mães nos Estados Unidos - em sua igreja batista de Maiden (Carolina do Norte), estado que proibiu o casamento homossexual este mês, por referendo.
Diante dos fiéis, declarou: "Construam um grande cercado (...), ponham todas as lésbicas dentro, voem acima delas e atirem-lhes comida. Façam o mesmo com os homossexuais e garantam que a cerca seja elétrica, para que não possam sair... e em alguns anos morrerão (...) não podem se reproduzir", diz o pastor em um vídeo no Youtube, que nesta terça-feira tinha 305 mil acessos.
Uma associação local que milita contra a incitação ao ódio lançou uma campanha nas redes sociais e organiza uma manifestação domingo em frente à igreja.
"Temos que encher a rua, em frente à igreja, com pessoas de bom senso, para dizer ao mundo que o ódio não é bem vindo em nossa comunidade", destaca a mensagem dos "Cidadãos do vale de Atawba contra o ódio", difundida no Facebook.
O pastor, que não reagiu aos protestos que desencadeou, também afirmou que não votaria "em um assassino de crianças e um amante de homossexuais", uma referência implícita a Barack Obama, partidário do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Casais gays se beijam em protesto para lembrar o Dia Internacional Contra a Homofobia, na praça das Armas, em Assunção, no Paraguai. A data de combate à violência e discriminação contra homossexuais foi celebrada com protestos em várias cidades do mundo
Foto: AFP
Casal se beija e mostra cartaz contra a homofobia em protesto na capital paraguaia
Foto: AFP
Vários casais homossexuais se beijam como forma de repúdio à homofobia, em Assunção
Foto: AFP
Ativista é presa após um confronto entre o grupo que protestava contra a homofobia e manifestantes cristãos ortodoxos na capital da Geórgia
Foto: Reuters
Garoto segura balões antes de soltá-los no ar, na capital russa
Foto: AFP
Em Tbilisi, na Geórgia, jovens marcham com bandeiras e cartazes para protestar contra o preconceito e violência contra gays
Foto: Reuters
No centro de Moscou, na Rússia, jovens soltam balões coloridos para lembrar a data de luta contra a homofobia
Foto: AFP
Membro do movimento LGBT agita bandeiras durante marcha para lembrar o Dia Internacional Contra a Homofobia em Managua, na Nicarágua
Foto: Reuters
Membro do movimento LGBT realiza performance para mobilizar participantes da marcha na capital nicaraguense
Foto: Reuters
Ativistas pelos direitos dos gays participam das atividades do Dia Internacional Contra a Homofobia em São Petersburgo, na Rússia
Foto: AFP
Mariela Castro (de chapéu), filha do presidente cubano, participa da marcha contra a homofobia em Havana
Foto: AFP
Mariela Castro é diretora do Centro Nacional para Educação Sexual de Cuba (Cenesex)