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"Fome? Coma um banqueiro", dizem manifestantes em Frankfurt

18 mai 2012 - 07h36
(atualizado às 08h06)
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A polícia alemã dispersou nesta sexta-feira manifestantes anticapitalismo reunidos do lado de fora do arranha-céu de Frankfurt que é a sede do Goldman Sachs', na capital financeira da Alemanha.

Policiais tentam dispersar os manifestantes do "Blockupy" que protestaram na cidade de Frankfurt
Policiais tentam dispersar os manifestantes do "Blockupy" que protestaram na cidade de Frankfurt
Foto: AFP

O protesto faz parte de uma manifestação de quatro dias chamada "Blockupy", que vai até sábado, contra o capitalismo e as medidas de austeridade implantadas para combater a crise na zona do euro.

"Fome? Coma um banqueiro", dizia um cartaz dos manifestantes do lado de fora do edifício Messeturm, onde ficam os escritórios do Goldman Sachs. O escritório da Reuters em Frankfurt fica no mesmo prédio.

A polícia fechou a rua do lado de fora do Messeturm - uma via principal de Frankfurt - e enviou policiais para o local. O número de policiais era muito maior que os cerca de 50 manifestantes, que foram detidos. Não houve violência.

A polícia informou que outros 40 manifestantes foram detidos em outros pontos de Frankfurt. Os manifestantes acusam os governos de países europeus de causar sofrimento a seu povo com suas medidas de resposta à crise, que se intensificou depois de uma eleição inconclusiva na Grécia este mês que aumentou as incertezas sobre o futuro da zona do euro.

O protesto desta sexta aconteceu após uma discussão jurídica entre os manifestantes e as autoridades sobre a legalidade das manifestações. Um tribunal autorizou na segunda-feira a realização de protestos na quarta-feira e no sábado, mas apenas nessas dias.

Na quinta, a polícia prendeu 150 pessoas que desafiaram a proibição a protestos. Na quarta, manifestantes foram removidos pacificamente do lado de fora da sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt.

O BCE não informou sobre qualquer problema nesta sexta e os bancos comerciais, muitos dos quais com planos de contingência para lidar com os protestos, disseram que estavam operando normalmente.

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