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Oriente Médio

Palestinos pedem que o mundo "pague dívida histórica"

15 mai 2012 - 08h00
(atualizado às 14h05)
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O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, pediu nesta terça-feira que a comunidade internacional "pague sua dívida histórica com o povo palestino" pelo dia do Nakba (catástrofe), o exílio e a usurpação de suas terras que os palestinos lembram hoje com passeatas e manifestações.

"Há 64 anos, a vibrante sociedade e a rica cultura de uma nação foi forçada ao exílio e à expulsão em massa. Um país foi riscado do mapa. Hoje, a comunidade internacional tem a responsabilidade moral de reparar o que aconteceu", ressaltou Erekat em comunicado.

A forma de corrigir esta injustiça é "pôr fim à impunidade de Israel e tornar efetivas as legítimas aspirações do povo palestino de autodeterminação, independência e retorno", acrescentou Erekat, um dos principais assessores do presidente Mahmoud Abbas e membro do Comitê Central da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O Nakba, que representou a fuga ou expulsão de seus lares no atual território de Israel de 750 mil palestinos entre 1947 e 1949, é uma "sombria ocasião que a comunidade internacional deve usar para corrigir a injustiça histórica que caiu sobre o povo palestino", continuou o dirigente palestino.

Desde então, Israel ignorou dezenas de resoluções da ONU, o que representou uma "burla do sistema internacional e uma ameaça à paz internacional", sentenciou Erekat.

Nesta terça-feira, manifestações em Israel e nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Gaza marcaram a data. Na cidade cisjordaniana de Ramallah, os palestinos foram convocados para uma concentrarão na Praça do Mártir Yasser Arafat às 5h de Brasília.

Protestos e choques entre palestinos e israelenses irromperam em Qalandia, na direção de Jerusalém, onde a manifestação costuma terminar em frente a um posto de controle militar.

Neste ano, também foram registrados conflitos em frente à prisão de Ofer, em solidariedade aos reclusos palestinos, que ontem alcançaram um acordo com Israel para pôr fim a uma greve de fome iniciada em 17 de abril por cerca de dois mil deles.

Palestino com o rosto coberto faz gesto obsceno para soldados israelenses durante confronto em frente à prisão de Ofer
Palestino com o rosto coberto faz gesto obsceno para soldados israelenses durante confronto em frente à prisão de Ofer
Foto: AFP
EFE   
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