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América Latina

Partido de Evo Morales acusa opositores de conspiração

12 mai 2012 - 15h33
(atualizado às 15h49)
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O partido do presidente boliviano, Evo Morales, acusou neste sábado a oposição de conspiração para dar um golpe de estado durante os conflitos sociais que já duram sete semanas no país.

A oposição negou e disse que o culpado pelos distúrbios é o próprio governo, que não solucionou os conflitos sociais da Bolívia. A senadora do partido Movimento ao Socialismo (MAS), Sandra Soriano, disse à Agência Efe que sua legenda acredita que os protestos são fomentados e financiados pela oposição.

As mobilizações sociais, argumenta Sandra, são amparadas pela Constituição, mas "o vandalismo e os ataques" às instituições do Estado não são mais uma reivindicação, "mas buscam uma situação de desestabilização" com fins golpistas.

O líder do MAS na Câmara dos Deputados, Roberto Rojas, disse à imprensa que o objetivo dos protestos "é fazer um ensaio" de um golpe e que os explosivos que foram detonados nesta semana nos arredores do palácio presidencial "não são casuais".

Rojas acrescentou que o apoio financeiro do partido opositor Movimento Sem Medo (MSM), ex-aliado de Morales, aos indígenas que se opõem a construção de uma rodovia dentro de uma unidade de conservação do país é a prova que há um "plano golpista e de conspiração" na Bolívia.

Morales acusou várias vezes opositores, organismos sociais e os Estados Unidos de conspirarem para derrotá-lo, como por exemplo quando expulsou o embaixador americano no país, em 2008.

A Central Operária Boliviana (COB), que liderou uma greve de 72 horas, entre quarta-feira e sexta-feira, exige um aumento salarial superior a 8%, valor estimulado pelo governo, e pedem a anulação da medida que aumenta a jornada de trabalho de médicos e funcionários de hospitais. Desde o fim de março, o país vem sofrendo com manifestações e enfrentamentos entre os opositores e a polícia.

EFE   
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