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América Latina

Igreja pede diálogo diante de onda de protestos na Bolívia

7 mai 2012 - 18h50
(atualizado às 19h09)
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A Igreja Católica pediu diálogo para evitar a violência "diante da onda crescente de conflitos sociais na Bolívia", que enfrenta uma greve de motoristas e de médicos e se prepara para uma greve de 72 horas na quarta-feira convocada pela central de trabalhadores. "Diante da onda crescente de conflitos sociais na Bolívia (a hierarquia eclesiástica) reitera um veemente pedido às autoridades públicas e aos setores sociais mobilizados, para evitar qualquer confronto e violência, e retomar o caminho do diálogo", indicaram os bispos em um comunicado.

O pronunciamento ocorre em um momento em que o poderoso sindicato de motoristas dos transportes públicos realiza uma greve de 48 horas que parou La Paz. A medida abarca outras cinco regiões, exceto Santa Cruz, Cochabamba e Tarija. O panorama de conflitos é agravado também por uma greve de médicos e paramédicos do sistema público de saúde por mais de um mês contra a ampliação de sua jornada de trabalho diária de 6 para 8 horas, medida suspensa na sexta-feira pelo presidente Evo Morales.

Os médicos rejeitaram a proposta de Morales e disseram que manterão os protestos até conseguirem a revogação do decreto de ampliação da jornada de trabalho. A cúpula eclesiástica - distanciada do governo- apoiou, por outro lado, uma marcha de 600 km de indígenas que se opõem a uma estrada pela Amazônia que, segundo seus dirigentes, afetará o sistema ecológico da região.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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