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Ásia

Hillary deixa Pequim sem o dissidente chinês Guangcheng

5 mai 2012 - 07h53
(atualizado às 08h57)
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, deixou Pequim neste sábado sem a companhia do ativista Chen Guangcheng, que tinha manifestado seu desejo de viajar no avião da chanceler dos Estados Unidos quando ela fosse embora do país asiático.

Imagem retirada de um vídeo mostra o dissidente chinês Chen Guangcheng; ele escapou da prisão domiciliar
Imagem retirada de um vídeo mostra o dissidente chinês Chen Guangcheng; ele escapou da prisão domiciliar
Foto: AFP

Foi o que confirmou à Agência Efe o assessor de imprensa da embaixada dos Estados Unidos em Pequim, Richard Buangan. Ele disse que Hillary partiu em um voo por volta das 14h locais (3h de Brasília) rumo a Bangladesh, após uma viagem de quatro dias marcada pelas negociações sobre o dissidente cego.

Cheng continua hospitalizado enquanto espera as autoridades prepararem seu passaporte e o de sua família, disseram à Efe fontes do hospital.

A porta-voz do departamento de Estado americano, Victoria Nuland, confirmou nesta sexta-feira que a China se comprometeu a expedir os documentos de Chen e de sua família, e manifestou seu desejo de que o faça "rapidamente".

Um alto funcionário do governo americano, que pediu para se manter no anonimato, confirmou que os EUA têm "grande confiança" no êxito do acordo obtido nesta sexta-feira que prevê a viagem de Chen aos EUA para estudar na Universidade de Nova York.

O dissidente recebeu um convite da escola de Direito da universidade por meio de um professor da instituição amigo de Chen, Jerome A. Cohen.

É provável que o ativista tenha de voltar a sua província natal, Shandong, onde permaneceu quatro anos em prisão domiciliar, para poder tramitar seu passaporte, como dispõe a legislação chinesa.

Perguntado a respeito, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Liu Weimin, respondeu nesta sexta-feira que "as autoridades chinesas atuarão de acordo com a lei". Segundo ele, "(Chen) foi posto em liberdade e agora é um cidadão normal, portanto, pode solicitar (o passaporte) pelos métodos e procedimentos normais".

EFE   
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