PUBLICIDADE

Ásia

Um em cada 4 japoneses já pensou em suicídio, aponta pesquisa

1 mai 2012 - 23h02
(atualizado às 23h18)
Compartilhar

Quase um de cada quatro japoneses adultos pensou em algum momento de sua vida em suicidar-se, principalmente os jovens de 20 a 30 anos, segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (hora local) pelo governo do Japão.

O estudo, realizado em janeiro após consultar mais de dois mil japoneses maiores de 20 anos, revela que 23,4% já pensaram em suicidar-se, um número 4,3% maior que o da pesquisa anterior, realizada em 2008.

Os resultados "refletem provavelmente a dificuldade para encontrar trabalho no meio da crise econômica, o aumento dos empregos não regularizados e as pobres relações pessoais", detalhou a enquete divulgada pela agência Kyodo.

Por gêneros, as mulheres são as mais propensas ao suicídio ao liderar os dados com 27,1%, acima do 19,1% registrado entre os homens.

Por idade, 28,4% das pessoas entre 20 e 30 anos pensou em algum momento em acabar com sua vida, grupo que se transforma no mais propenso ao suicídio e do qual 36,2% revelou ter considerado o ato durante o ano passado.

O número cai até 25% entre os de 30 a 40 anos, se situa em 27,3% dos 40 aos 50 anos e em 25,7% entre os consultados de 50 a 60 anos. Por último, pensaram em suicídio 20,4% dos indagados de 60 a 70 anos, enquanto nos maiores de 70 anos a taxa desce para 15,7%.

Entre os motivos para superar a ideia de suicidar-se, 38,8% apontou a família, os amigos e os companheiros de trabalho, 38,6% ressaltou a necessidade de concentrar-se no trabalho ou em um hobby, enquanto 18% acredita que o melhor é o lazer e tempo livre.

No estudo, realizado com um questionário de múltipla escolha, o governo também perguntou sobre os efeitos psicológicos provocados pelo terremoto e tsunami que assolou o nordeste do país no dia 11 de março de 2011.

Neste sentido, 64,3% assegurou que a tragédia lhes fez perceber a importância das relações pessoais, enquanto 54,3% afirmaram que lhes fez ver a importância do esforço para proteger a si mesmos e a seus familiares. Além disso, 41,7% se sente mais inseguro após a tragédia de março de 2011, enquanto 7,5% declarou que não perceberam nenhuma mudança em sua forma de pensar ou de sentir.

EFE   
Compartilhar
Publicidade