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Estados Unidos

Aniversário da morte de Bin Laden entra na campanha americana

25 abr 2012 - 20h27
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Um ano atrás, o presidente Barack Obama vivia um momento triunfal com o anúncio da morte de Osama bin Laden, mas agora, em ano eleitoral nos Estados Unidos, o assunto virou um tema delicado para o presidente democrata e para seus rivais republicanos.

O ex-professor Eric Justin Toth, 30 anos, é listado como o homem mais procurado pela polícia dos EUA. Toth, que lecionava em escolas particulares, é acusado de posse de pornografia infantil em Washington e de produzir material pornográfico em Maryland. O FBI acredita que ele seja um "expert" em computadores e ofereça seus serviços de babá pela internet. A polícia oferece recompensa de US$ 100 mil por dados que levem à prisão dele. Veja quem são os dez mais procurados pelo FBI
O ex-professor Eric Justin Toth, 30 anos, é listado como o homem mais procurado pela polícia dos EUA. Toth, que lecionava em escolas particulares, é acusado de posse de pornografia infantil em Washington e de produzir material pornográfico em Maryland. O FBI acredita que ele seja um "expert" em computadores e ofereça seus serviços de babá pela internet. A polícia oferece recompensa de US$ 100 mil por dados que levem à prisão dele. Veja quem são os dez mais procurados pelo FBI
Foto: FBI / Divulgação

Obama deve citar o primeiro aniversário da ação militar norte-americana em território paquistanês que resultou na morte do fundador da Al Qaeda, em 1o de maio. Mas não irá exagerar nas comemorações, disse um alto funcionário da Casa Branca, refletindo talvez os perigos de dar destaque demais a um fato que fala por si - e que continua sendo polêmico, particularmente entre os paquistaneses, que viram na ação militar uma violação da sua soberania. Já os republicanos, especialmente o seu virtual candidato presidencial Mitt Romney, precisam decidir se essa é uma ocasião para atacar a política externa de Obama, ou para mudar de assunto.

A segurança nacional não tem sido um grande tema na campanha eleitoral deste ano, dominada por preocupações econômicas, mas isso pode mudar - ao menos temporariamente - nos próximos dias. Na quinta-feira, o vice-presidente Joe Biden deve fazer um discurso em Nova York contrapondo a política externa de Obama à suposta inexperiência de Romney. Biden inevitavelmente citará o fim de Bin Laden e outros êxitos dos EUA contra a Al Qaeda desde a posse do atual governo, em 2009.

Num discurso convocado às pressas na Casa Branca em 1º de maio de 2011, Obama anunciou que soldados da força Seal (tropa de elite dos marines) haviam matado Bin Laden na sua casa, perto de Islamabad. Os EUA não informaram o governo paquistanês antes da ação, que ocorreu, pela hora local, na madrugada do dia 2. Ao saberem da morte do homem por trás dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, muitos norte-americanos saíram às ruas no meio da noite para comemorar, recuperando a imagem de um país que sabe ir atrás dos seus inimigos - mesmo que leve uma década.

Para Obama, "este é um momento de ser presidencial e não se preocupar muito com a campanha", disse Clyde Wilcox, professor na Universidade Georgetown. "A ênfase é que a América irá se vingar, e que agimos quando somos atacados. Não para rirmos da desgraça alheia, mas para sermos fortes." Um alto funcionário da Casa Branca disse que, ao citar a data, Obama "irá dar crédito a quem merece crédito", num aceno ao trabalho de localização de Bin Laden feito no governo do antecessor George W. Bush, republicano, e também às forças militares que realizaram a missão.

Para a oposição, ansiosa por derrotar Obama na eleição de novembro, a morte de Bin Laden tornou mais difícil questionar sua política externa, o que tradicionalmente é um trunfo republicano.

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