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Oriente Médio

Israel para por 2 minutos para homenagear soldados mortos

25 abr 2012 - 09h50
(atualizado às 10h27)
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O som de alarmes antiaéreos paralisou Israel nesta quarta-feira por dois minutos, em lembrança a 22.993 militares, policiais e agentes mortos em serviço, assim como civis vítimas do terrorismo, horas antes da celebração do 64º aniversário da criação do país.

Israelenses param ao lado de carro em respeito aos 2 minutos de silêncio em via de Tel Aviv
Israelenses param ao lado de carro em respeito aos 2 minutos de silêncio em via de Tel Aviv
Foto: AP

Como em todo ano, às 11h locais (5h de Brasília) as pessoas pararam nas ruas e alguns abaixaram a cabeça em sinal de respeito, enquanto os motoristas desligaram os motores de seus veículos. O mesmo ocorreu na noite da última terça-feira, às 20h locais (14h de Brasília), quando um alarme de um minuto abriu o aniversário do país, chamada em hebraico de "Yom Hazicarón" ("Dia da Memória").

Durante esta quarta, é esperada a visita de um milhão de pessoas (um oitavo da população do país) a algum dos 43 cemitérios militares para honrar os mortos. Nos últimos doze meses, 126 nomes foram adicionados à lista de soldados falecidos em serviço, a maioria por eventos fora do conflito da região, informou o Exército em comunicado, isso porque Israel não faz distinção entre mortos em ações bélicas ou por doenças e acidentes.

O "Yom Hazicaron" é uma das duas datas mais solene do calendário israelense, junto com o Dia do Holocausto, lembrado na semana passada. A cerimônia inaugural ocorreu na última terça junto ao Muro das Lamentações em Jerusalém com a participação do chefe do Estado, Shimon Peres e o chefe do Estado-Maior, Benny Gantz, além de centenas de familiares de soldados falecidos, sobretudo nas seis guerras que Israel disputou com seus vizinhos árabes desde 1948.

Mas, o evento principal da data só acontece nesta manhã, no cemitério militar do Monte Herzl de Jerusalém, com algumas das principais autoridades civis e militares, entre elas o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Também foram convocados vários atos para homenagear os soldados israelenses de minorias beduína e drusa, e os mais de quatro mil civis mortos em atentados e em guerras.

O Dia da Memória sempre precede o Dia da Independência ("Yom Haatzmaut", em hebraico), lembrado em Israel de acordo ao calendário hebreu. Pelo gregoriano, o país declarou sua independência em 14 de maio de 1948.

As comemorações da data começarão nesta tarde com o levantamento da bandeira israelense no Monte Herzl, em Jerusalém, e a iluminação de doze fogos em representação das tribos bíblicas de Israel. Há dias, os veículos e edifícios públicos do país se enfeitaram de bandeiras israelenses por causa da festividade, ignoradas por duas minorias étnicas no país: os palestinos (20% da população) e, por motivos religiosos, os judeus ultra-ortodoxos (cerca de 10% dos habitantes).

Por causa dos eventos, o Exército israelense impôs um "fechamento geral" do acesso para os palestinos da Cisjordânia, que começou nesta madrugada e seguirá até o último minuto da quinta-feira. Só poderão acessar Israel, palestinos que necessitem atendimento médico, ajuda humanitária ou casos "excepcionais", mediante autorização prévia das autoridades militares nos territórios palestinos ocupados, destacou um comunicado do Exército.

EFE   
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