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Oriente Médio

No Brasil, emissário diz que Líbia quer se aproximar do Ocidente

18 abr 2012 - 11h48
(atualizado às 11h57)
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Em visita a Brasília até a próxima quinta-feira, o vice-primeiro-ministro da Líbia, Omar Abdelkarim, conversou na terça-feira com a presidente Dilma Rousseff (PT) e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Abdelkarim disse a elas que o objetivo do governo provisório líbio é se reaproximar do Ocidente, por meio de parcerias políticas, econômicas e comerciais. Segundo ele, os esforços das autoridades líbias estão direcionados à "reconstrução do país".

A secretária de Estado norte-americana se reúne com empresários brasileiros e americanos, em encontro promovido pela CNI
A secretária de Estado norte-americana se reúne com empresários brasileiros e americanos, em encontro promovido pela CNI
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

De acordo com diplomatas que acompanharam as reuniões, nas conversas com Dilma e Hillary, o vice-primeiro-ministro (terceiro na escala de poder), disse que o objetivo do governo da Líbia é se relacionar com todos os países, sem exceção. Abdelkarim participou da 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto (cujo nome em inglês é Open Government Partnership).

Em Brasília, Abdelkarim se reuniu também com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, parlamentares e embaixadores brasileiros, responsáveis pelo norte da África e Oriente Médio. Nos encontro, o vice-primeiro-ministro destacou que o desejo de reestruturar o país é não só do governo, mas também da sociedade líbia.

Passados seis meses da morte do ex-presidente Muammar Khadafi, que comandou a Líbia por 42 anos, o país ainda vive um clima de tensão. Sob o comando do governo provisório, coordenado pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), a Líbia enfreta frequentes os protestos e manifestações que reivindicam eleições para escolha do futuro presidente da República e de parlamentares.

Em 23 de junho, estão marcadas as eleições para a Assembleia Constituinte quando serão escolhidos 200 parlamentares. Além disso, as autoridades líbias intensificaram as articulações com a comunidade internacional em busca de apoio para reorganizar as instituições públicas, superando as dificuldades impostas por cerca de sete meses de confrontos entre as primeiras manifestações até a captura de Khadafi, em outubro de 2011.

Agência Brasil Agência Brasil
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