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Mundo

Após ataque, candidato presidencial da Guiné-Bissau desaparece

12 abr 2012 - 22h33
(atualizado às 23h03)
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O paradeiro de Carlos Gómez Júnior, candidato vencedor no primeiro turno das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, é desconhecido, segundo fontes de segurança do país. Tiroteios e uma série de explosões foram escutadas na noite desta quinta-feira nos arredores da casa do candidato. As fonte assinalaram que não estava claro se Gómez Júnior, popularmente conhecido como "Cadogo", se encontrava no interior de sua casa no momento do ataque, ou se, alertado, deixou o domicílio.

Carlos Gómez Júnior, vencedor no 1º turno das eleições presidenciais, desapareceu após ataque militar a sua casa
Carlos Gómez Júnior, vencedor no 1º turno das eleições presidenciais, desapareceu após ataque militar a sua casa
Foto: AFP

Gómez Júnior, multimilionário e favorito da metrópole, Portugal, para o segundo turno, sempre encontrou a oposição dos setores militares protagonistas da guerra da Independência do país em 1974. Além disso, a existência de uma rede militar envolvida com o narcotráfico denunciada pelas Nações Unidas e outras instâncias internacionais esteve presente durante todo o processo eleitoral no qual a aparência de normalidade democrática se viu sob a ameaça de uma nova revolta do Exército.

As atuais eleições presidenciais foram convocadas para cobrir a vaga deixada por Malam Bacai Sanha, que morreu em Paris em janeiro deste ano e que por sua vez ocupou o cargo após o assassinato de João Bernardo Vieira em 2009, nas mãos de soldados leais ao chefe do Estado-Maior do Exército, general Tagmé Na Wai, morto um dia antes em um atentado com explosivos.

Fontes em Bissau consultadas pela Efe asseguraram que os militares desdobrados na cidade, agora em calma, rodearam alguma das principais embaixadas, supostamente para evitar que os dirigentes políticos do país possam buscar asilo.

EFE   
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