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África

Líder islamista em Mali se diz contra independência e revolução

6 abr 2012 - 08h14
(atualizado às 09h28)
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O líder militar do grupo islamista Ansar Din, que tomou a cidade de Timbuktu, norte do Mali, afirmou que é contrário à independência da região, proclamada pelos rebeldes tuaregues, e que luta "pelo islã".

No dia 21 de março, um grupo de militares malineses aplicou um golpe de Estado contra o presidente Amadou Toumani Touré por considerar o governo incapaz de solucionar o conflito tuaregue e a ameaça terrorista da Al-Qaeda no norte do país. Touré estava a um mês de concluir seu mandato constitucional. Os militares anunciaram a suspensão da Constituição e de todas as instituições, a destituição do governo e o estabelecimento do toque de recolher
No dia 21 de março, um grupo de militares malineses aplicou um golpe de Estado contra o presidente Amadou Toumani Touré por considerar o governo incapaz de solucionar o conflito tuaregue e a ameaça terrorista da Al-Qaeda no norte do país. Touré estava a um mês de concluir seu mandato constitucional. Os militares anunciaram a suspensão da Constituição e de todas as instituições, a destituição do governo e o estabelecimento do toque de recolher
Foto: AFP

"Nossa guerra é uma guerra santa, uma guerra legal, em nome do islã. Somos contrários às rebeliões. Somos contra as independências. Somos contrários a todas as revoluções que não sejam em nome do islã. Viemos para praticar o islã, em nome de Alá", disse o dirigente, Omar Hamaha.

"O que queremos não é Azawad. É o Islã! É o Islã!", declarou em francês Hamaha, de uniforme militar, aclamado pela multidão, segundo imagens filmadas nos dias 2 e 3 de abril em Timbuktu.

Azawad é o nome dado à região norte do Mali pelos separatistas laicos tuaregues, que nesta sexta-feira proclamaram unilateralmente a independência da região. "A independência é o Islã. Esta é a verdadeira independência. É a prática da sharia (lei islâmica), do nascer ao pôr do sol. Nosso combate é em nome do islã. Não é árabe ou tuaregue, branco ou preto. É em nome do Islã", disse.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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