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Mundo

Forte tempestade derruba mais de 100 árvores em Buenos Aires

5 abr 2012 - 21h46
(atualizado em 6/4/2012 às 08h58)
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Luciana Rosa
Direto de Buenos Aires

A tempestade que atingiu a capital argentina na noite desta quarta-feira foi classificada pelo Ministro de Espaços Públicos de Buenos Aires, Diego Santilli, como "quase um tornado". As rajadas de vento alcançaram os 120 km/h e levaram consigo árvores e tetos de casas em praticamente todos os pontos da cidade e região metropolitana.

No bairro de Liniers, uma caminhonete foi destruída após os fortes ventos derrubarem uma árvore
No bairro de Liniers, uma caminhonete foi destruída após os fortes ventos derrubarem uma árvore
Foto: Luciana Rosa / Especial para Terra

Até a tarde desta quinta-feira já se contabilizavam mais de 14 mortos e cerca de 20 feridos, além de 114 árvores espalhadas pelas ruas da capital, em função da força do vento. Os pontos mais atingidos pelos estragos foram os bairros de Moreno, Morón e Ituzaingo. Este último seguia com o abastecimento de água e energia interrompidos até a tarde de hoje.

Os moradores de Ituzaingo que tomam o ônibus da linha 153 oeste levaram um susto na volta do trabalho na noite de quarta. Com a força do vento, vários vidros se romperam e árvores caíram em cima de um veículo. "Para sair do ônibus tivemos que pedir ajuda aos vizinhos para poder remover as árvores que literalmente nos encurralaram ali dentro", conta Alberto Schede, 62 anos. Os passageiros da linha 96 também se queixaram da queda de árvores sobre carros, como Lisanda Davalos. "O ônibus começou a balançar com muita força por causa do vento e quando pensamos que havia passado, caiu uma árvore em cima da gente".

Outro bairro atingido significativamente foi Matadeiros, na zona sul de Buenos Aires, região onde os ventos chegaram com mais intensidade. A professora Claudia Sinandro, moradora do local, conta que a escola privada San Pio X, onde seu filho estuda, teve o teto completamento destruído pelo vento, causando o cancelamento das aulas sem previsão de retorno. "Nunca se viu nada assim, a comunidade de Matadeiros está muito triste com tudo que aconteceu", desabafa.

Os relatos de estragos não param por aí. Percorrendo a cidade é possível encontrar muitas ruas interrompidas por estragos e moradores sem linha telefônica em função da ruptura de cabos de comunicação. No bairro de Liniers, também na zona sul portenha, a caminhonete do mecânico Fabian Laita ficou completamente amassada por uma árvore. "Já liguei para a prefeitura e entendo que a destruição foi grande, mas a única coisa que eu peço é que tirem a árvore de cima da minha caminhonete".

Ainda em Liniers, a reportagem do Terra conversou com Mercedes Rolheiser, 80 anos, que disse nunca ter presenciado desastre igual em Buenos Aires. "Eram mais ou menos 18h15 a hora em que eu ouvi um barulho muito forte vindo da persiana da minha janela. Quando me dei conta que uma chuva de granizos cobria toda a rua, pensei que era o fim do mundo" conta a aposentada.

As linhas telefônicas da Defesa Civil passaram a tarde congestionadas. Apesar de a região sul não ser a mais afetada, registrou-se demora na remoção de árvores nessa localidade. Em outros pontos como o bairro de Belgrano e Palermo, a sujeira provocada pela tempestade foi retirada com maior rapidez.

Fonte: Especial para Terra
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