PUBLICIDADE

Oriente Médio

Soldados sírios realizam breve incursão no Líbano

27 mar 2012 - 08h54
(atualizado às 09h14)
Compartilhar

Soldados do Exército sírio realizaram uma breve incursão nesta terça-feira no território líbio durante um confronto com desertores do Exército Sírio Livre (ESL), indicaram fontes libanesas.

Luta por liberdade revoluciona norte africano e península arábica

As tropas sírias entraram na zona libanesa da região de Macharii al Qaa, onde várias casas foram atingidas por disparos. Segundo a fonte, aparentemente os soldados sírios perseguiam rebeldes que tentavam fugir para o Líbano.

O Líbano e a Síria compartilham 330 km de fronteira, que ainda não está oficialmente definida.

Damasco de Assad desafia oposição, Primavera e Ocidente

Após derrubar os governos de Tunísia e Egito e de sobreviver a uma guerra na Líbia, a Primavera Árabe vive na Síria um de seus episódios mais complexos. Foi em meados do primeiro semestre de 2011 que sírios começaram a sair às ruas para pedir reformas políticas e mesmo a renúncia do presidente Bashar al-Assad, mas, aos poucos, os protestos começaram a ser desafiados por uma repressão crescente que coloca em xeque tanto o governo de Damasco como a própria situação da oposição da Síria.

A partir junho de 2011, a situação síria, mais sinuosa e fechada que as de Tunísia e Egito, começou a ficar exposta. Crise de refugiados na Turquia e ataques às embaixadas dos EUA e França em Damasco expandiram a repercussão e o tom das críticas do Ocidente. Em agosto a situação mudou de perspectiva e, após a Turquia tomar posição, os vizinhos romperam o silêncio. A Liga Árabe, principal representação das nações árabes, manifestou-se sobre a crise e posteriormente decidiu pela suspensão da Síria do grupo, aumentando ainda mais a pressão ocidental, ancorada pela ONU.

Mas Damasco resiste. Observadores árabes foram enviados ao país para investigar o massacre de opositores, sem surtir grandes efeitos. No início de fevereiro de 2012, quando completavam-se 30 anos do massacre de Hama, as forças de Assad iniciaram uma investida contra Homs, reduto da oposição. Pouco depois, a ONU preparou um plano que negociava a saída pacífica de Assad, mas Rússia e China vetaram a resolução, frustrando qualquer chance de intervenção, que já era complicada. Uma ONG ligada à oposição estima que pelo menos 9 mil pessoas já tenham morrido, número superior aos 8 mil calculados pela ONU.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade