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África

George Clooney usa satélites para espionar abusos no Sudão

24 mar 2012 - 10h18
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O ator americano George Clooney e ativistas de direitos humanos elaboraram um projeto que usa imagens de satélites para espionar a movimentação de veículos militares no Sudão, com o objetivo de alertar civis para possíveis ataques das forças leais ao presidente Omar al-Bashir. Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, o Projeto Satélite Sentinela (SSP, na sigla em inglês) usa as imagens de tanques em movimentação para prevenir potenciais abusos aos direitos humanos no país africano.

As imagens de Clooney sorrindo ao ser algemado ajudaram a divulgar a causa humanitária do ator
As imagens de Clooney sorrindo ao ser algemado ajudaram a divulgar a causa humanitária do ator
Foto: Reuters

A existência do projeto foi confirmada por Nathaniel Raymond, diretor do SSP. "Eu conto tanques do espaço para George Clooney", afirmou Raymond, em uma bem-humorada descrição de seu trabalho diário. Segundo Raymond, o projeto foi todo idealizado por Clooney, que visita regularmente o Sudão para denunciar os abusos do governo de al-Bashir.

Inicialmente, o SSP foi concebido para coletar evidências que poderiam ser posteriormente usadas em julgamentos dos líderes sudaneses por crimes de guerra . Entretanto, as imagens eram tão acuradas que passaram a ser utilizadas também para monitorar possíveis massacres e cemitérios clandestinos. O detalhamento das imagens permitiu que os ativistas identificassem o enterro de corpos na cidade de Kadugli, por exemplo.

No dia 16 de março, a causa humanitária de Clooney ganhou repercussão mundial depois que o ator americano foi preso por desordem civil durante um protesto em frente à embaixada sudanesa em Washington, nos Estados Unidos. Clooney fazia parte de uma manifestação que acusava o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, de provocar uma crise humanitária e impedir a chegada de alimentos à região de Nuba, na fronteira com o Sudão do Sul. As imagens de Clooney sorrindo ao ser algemado correram o mundo e motivaram discussões sobre a situação no país africano

Fonte: Terra
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