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Distúrbios no Mundo Árabe

Conselho de Segurança prevê adotar texto de respaldo a Kofi Annan

21 mar 2012 - 01h32
(atualizado às 02h53)
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O Conselho de Segurança da ONU prevê adotar, nesta quarta-feira, uma declaração de apoio às gestões do enviado especial do organismo e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, um dia após alcançar um princípio de acordo entre seus 15 membros.

"As negociações foram bem e alcançamos um texto de acordo", assinalouuma fonte do principal órgão de decisão da ONU ao término das consultas que chegaram a um documento em forma de declaração presidencial que agora deverá receber o sinal verde dos diferentes governos.

Nesta terça-feira, os 15 membros do conselho conseguiram solucionar "as dificuldades" que existiam para aprovar uma declaração e decidiram dar "umas horas mais a certas delegações" para que analisem com seus governos a nova versão do texto, recebam instruções finais e possam adotá-la nesta quarta.

"O maior dos êxitos é que no final todos quiseram dar um respaldo unânime a Kofi Annan e foram deixadas à parte as linhas de divisão entre os membros", acrescentou a citada fonte.

Uma declaração presidencial do conselho é um documento de menor categoria que uma resolução, e para ser aprovada deve contar com o respaldo unânime de seus 15 membros.

Nas várias horas das consultas desta terça-feira, primeiro em nível de analistas e, depois, de embaixadores, os 15 decidiram centrar o texto nos seis pontos que o próprio Annan apresentou às autoridades sírias para pôr fim à crise.

Desta forma, a declaração pede a Damasco que detenha os enfrentamentos e busque um cessar-fogo, permita o acesso imediato ao pessoal humanitário às zonas mais castigadas pela violência e inicie um diálogo político com a oposição.

O texto inicial apresentado pela França incluía uma cláusula para que o conselho estudasse "maiores medidas" se Damasco não cumprir com os pontos expressados por Annan, o principal empecilho para que as negociações chegassem a bom termo, segundo indicou à Efe a mesma fonte diplomática.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, deixara claro que seu país não apoiaria uma declaração do Conselho de Segurança se esta contivesse algum tipo de ultimato ao regime de Bashar al-Assad.

A ONU estima que desde que as manifestações populares contra o regime sírio começarem, há um ano, houve mais de oito mil mortes, assim como milhares de deslocamentos de pessoas que fogem a países vizinhos.

EFE   
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