França: vítimas de ataque a escola morreram com tiro na cabeça
20 mar2012 - 16h59
(atualizado às 17h19)
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As sete vítimas das matanças de Toulouse e Montauban (sul da França) morreram com um tiro na cabeça a queima-roupa disse nesta terça-feira o procurador da República a cargo da investigação, François Molins. "Todas as vítimas morreram por causa de um tiro a queima-roupa na altura da cabeça", declarou em uma coletiva de imprensa, informando que "estão trabalhando com todas as possibilidades".
Molins acrescentou que o autor dos três ataques dos últimos dias, em que morreram três militares, um rabino, duas crianças de 4 e 5 anos, e uma menina de 7, sabe que está sendo "perseguido" e é "capaz de agir novamente". É "um indivíduo extremamente determinado, que tem sempre o mesmo modo de agir e cujas ações são premeditadas", afirmou o promotor que dirige esta investigação, classificada como anti-terrorista. Nós observamos que os três ataques foram realizados em um espaço de poucos dias, mas não há certezas, acrescentou.
O homem, que se locomove de moto, matou um militar no dia 11 de março em Toulouse, outros dois no dia 15 de março em Montauban (55 km ao norte), e um rabino, professor de uma escola judaica de Toulouse, e três crianças, na segunda-feira. Os três militares mortos eram de origem magrebina.
O procurador de Paris, onde estão centralizadas as investigações em virtude da competência anti-terrorista da procuradoria parisiense, destacou que as três matanças constituem atos premeditados e de "terrorismo no sentido jurídico". Ele lembrou "que no direito francês, a definição de terrorismo não é uma definição política mas sim uma definição jurídica".
"As circunstâncias em que foram cometidas estas três matanças perturbaram gravemente a ordem pública pela intimidação e pelo terror, e os ataques podem ser caracterizados como atos de terrorismo no sentido da definição contida em nosso código penal", explicou. O promotor indicou que os investigadores ouviram centenas de pessoas, mas não houve detenções.
O promotor comentou as declarações feitas de manhã pelo ministro do Interior Claude Guéant, que tinha indicado que, segundo testemunhos, o assassino levava uma pequena câmera quando cometia seus crimes. Não há "certezas" sobre esse ponto, informou.
Perita trabalha na cena do crime em frente à escola judaica Ozar Hatorah, em Toulese, na França. Um atirador, aparentemente em uma motocicleta, abriu foto no local e matou quatro pessoas, um adulto e três crianças
Foto: AFP
Pessoas se reúnem nas proximidades da escola em que o ataque ocorreu
Foto: AFP
O presidente francês Nicolas Sarkozy faz pronunciamento em frente à escola em que o ataque ocorreu
Foto: AFP
Segundo o procurador Michel Valet, o criminoso abriu fogo contra todas as pessoas que estavam diante do colégio
Foto: AFP
Pai conforta crianças após tiroteio em escola judaica
Foto: AP
Perita fotografa evidencia na cena do crime. O tiroteio tem características semelhantes a outros ataques recentes ocorridas na região sudoeste da França
Foto: AFP
Polícia isolou a cena do crime após o ataque
Foto: AFP
Bombeiros e policiais isolam a entrada da escola em Toulose; ao menos quatro pessoas morreram no tiroteio
Foto: AP
Estudante colégio após o ataque acompanhada de policial e de mulher não identificada
Foto: AP
Policiais franceses montam barreira em frente à escola Ozar Hatorah após o ataque
Foto: Reuters
Estudantes se reúnem na entrada da escola Ozar Hatorah após o ataque do atirador. Um homem em uma motocicleta abriu fogo contra o colégio judaico e matou quatro pessoas, um adulto e uma criança
Foto: AP
Imagem cedida por colégio de Jerusalém exibe Jonathan Sandler, 30 anos, o professor assassinado nesta segunda-feira em Toulouse
Foto: EFE
Foto: Terra
Policiais montam guarda em frente à escola Ozar Hatorah, em Toulouse
Foto: AP
Alunos de escola judia Gan Rachi, de Toulouse, observam minuto de silêncio em homenagem vítimas do ataque de segunda-feira
Foto: AFP
O presidente francês, Nicolas Sarkozy (centro), e o ministro da Educação, Philippe Chatel (dir.), respeitam minuto de silêncio na escola François Couperin, em Paris
Foto: AP
Sarkozy conversa com estudantes na escola François Couperin, em Paris
Foto: AP
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o ministro da Educação, Philippe Chatel (dir.), participam de minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque de segunda-feira
Foto: AP
Alunos e a diretora da escola Georges Brassens, em Paris, respeitam minuto de silêncio
Foto: AP
Alunos da escolar Anne-Franck, em Lambersart, no norte da França, respeitam minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque de segunda-feira à escola judaica Ozar Hatorah. Escolas ao redor da França homenageiam nesta terça-feira as quatro vítimas, um professor e três crianças, do ataque realizado por um homem armado em uma motocicleta
Foto: AP
Foto: Terra
Ambulância deixa local do cerco a suspeito - dois policiais ficaram feridos durante a operação
Foto: Reuters
Ruas ao redor da casa onde o suspeito se encontra foram bloqueadas
Foto: Reuters
Caixão com o corpo de uma das vítimas é transferido em sua chegada a Israel
Foto: Reuters
O rabino Jonathan Sandler, 30 anos, professor de religião, seus filhos Arieh, 5, e Gabriel, 4, assim como Myriam Monsonego, 7 anos, filha do diretor da escola judaica Ozar Hatorah, foram assassinados por um desconhecido em Toulouse
Foto: Reuters
Cada caixão deixou o aeroporto em uma ambulância diferente
Foto: Reuters
Os quatro serão levados ao cemitério de Har Hamenouhot, no bairro de Givat Shaoul, em Jerusalém
Foto: Reuters
A operação policial começou pouco depois das 3h locais (22h de terça-feira em Brasília) quando o homem foi cercado e ocorreu um primeiro tiroteio, no qual dois agentes ficaram feridos
Foto: Reuters
Descrito pelo promotor de Paris, François Moulins, como um indivíduo "extremamente determinado, com muito sangue frio e com alvos extremamente definidos", o homem matou suas quatro vítimas com disparos à queima-roupa na cabeça
Foto: Reuters
No Palácio do Eliseu, Sarkozy afirma que o terrorismo não conseguirá dividir a França
Foto: AP
O rabino Gilles Bernheim responde as perguntas dos jornalistas após encontro com o presidente Nicolas Sarkozy e representantes das comunidades judaica e muçulmana
Foto: AFP
A unidade especial da polícia francesa participação da operação para deter o suspeito
Foto: AFP
Policial monta guarda em frente à residência onde o suspeito de cometer assassinatos em três diferentes ataques na França está encarcerado desde o início da madrugada. Ele foi identificado como Mohammed Merah, de nacionalidade francesa e de origem argelina
Foto: AFP
A polícia e o Corpo de Bombeiros cercam as imediações do apartamento onde Mohammed Merah está entrincheirado
Foto: AP
Foto: Terra
Mãe de Mohamed Merah cobre o rosto ao chegar ao quartel da polícia em Toulouse
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Policiais e bombeiros aguardam desfecho do cerco ao autor do ataque a escola judaica, que já dura mais de 24 horas
Foto: AP
O ministro do interior da França, Claude Gueant, disse não ter certeza de que o criminoso ainda está vivo
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Imagem mostra membros das forças especiais da polícia francesa pouco antes da invasão do apartamento de Merah
Foto: AFP
Policiais isolam rua que dá acesso ao apartamento de Mohammed Merah
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As autoridades trabalham no local do impasse antes do anúncio da morte do atirador
Foto: AFP
O procurador do Ministério Público francês, François Molins (centro), conversa com jornalistas nos arredores do local em que o atirador esteve cercado
Foto: AFP
Bombeiros e policiais trabalham na área do cerco
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Guéant se aproxima para falar com jornalistas após o fim do impasse
Foto: AFP
Agentes das forças especiais da polícia francesa se preparam para invadir o apartamento em que Mohammed Merah se escondia
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O ministro do Interior francês, Claude Guéant (centro), chega para dar entrevista após a morte do atirador. Guéant anunciou o fim do impasse após mais de 30 horas de cerco em Toulouse. Segundo ele, Mohammed Merah morreu ao pular da janela, com uma arma e punho e ainda atirando, após um intenso tiroteio com policiais que invadiram o seu apartamento. Merah foi encontrado morto no chão
Foto: AFP
Agentes da unidade Raid, das forças especiais francesas, retornam após o encerramento do impasse que culminou com a morte do atirador Mohammed Merah, em Toulouse. No capítulo final, os agentes invadiram o apartamento em que Merah estava entrincheirado e o agressor reagiu disparando ferozmente contra os policias. Ele foi encontrado morto no chão após pular de uma janela
Foto: AFP
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Flores e um ursinho de pelúcia são vistos em meio as homenagens aos mortos na escola judaica
Foto: AP
Mulheres prestam homenagem aos mortos na escolar judaica Ozar Hatorah, de Toulouse. Quatro pessoas, um adulto e três crianças, foram mortas no local na segunda-feira, um dos ataques cometidos por Merah
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Jornalistas fazem plantão em frente ao apartamento de Mohammed Merah
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Imagem mostra a parte externa do apartamento do atirador
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Policial mascarado investiga o apartamento de Mohammed Merah nesta sexta-feira, em Toulouse. Merah morreu na quinta-feira baleado na cabeça por um atirador de elite após passar mais de 30 horas cercado em sua casa. Ele era o responsável por três ataques que mataram sete pessoas desde o dia 11 de março
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Cartaz com a frase "Convivência: igualdade, pluralidade, dignidade" em vários idiomas é exibido em Toulouse
Foto: AFP
Pessoas marcham pela praça principal de Toulouse para lembrar as vítimas de Mohamed Merah na cidade
Foto: AFP
Uma mulher e sua filha rezam diante de fores e objetos deixados em frente à escola judaica Ozar Hatorah, onde ocorreu o crime
Foto: AFP
Centenas de pessoas se reúnem na praça principal de Toulouse para homenagear as vítimas do atirador que matou quatro pessoas em uma escola na cidade. Um dia após a morte de Mohammed Merah, Toulouse amanheceu com flores em frente à escola judaica onde ocorreu o crime e com uma marcha em lembrança aos mortos no ataque, que eram três crianças e um adulto