PUBLICIDADE

Mundo

Conflitos separaristas assolam Benghazi na era pós-Kadafi

16 mar 2012 - 19h11
(atualizado às 19h53)
Compartilhar

Violentos enfrentamentos entre partidários e opositores do federalismo, opção que consiste em dividir a Líbia em três regiões autônomas, causaram vítimas em Benghazi (leste) nesta sexta-feira, informaram fontes médicas que fazem distintos balanços.

"Uma pessoa morreu e pelo menos cinco ficaram feridas", declarou Basma Mohammed, responsável médico da cidade.

Mas outro responsável médico local indicou que a pessoa morreu em um acidente. "Uma pessoa morreu em um acidente de automóvel e foi levada ao centro médico, o que causou confusão, mas não houve mortos nos enfrentamentos", declarou.

Essa informação foi confirmada pelo presidente do Conselho Supremo de Segurança de Benghazi, Fawzi Wanis, que mencionou um balanço de cinco feridos - dois a bala e três por pedradas ou facadas.

A violência aconteceu depois de uma manifestação em que 2.000 pessoas caminharam até a praça da Liberdade, em frente ao mar, onde um dirigente local que reivindica autonomia para o leste líbio, Ahmed Zubair al-Senusi, fez um discurso, segundo um jornalista da AFP.

Dia 6 de março, chefes de tribos e de milícias proclamaram em Benghazi a autonomia da Cirenaica (leste), uma região rica em petróleo, provocando a fúria do poder central e suscitando temores de divisão do país.

Três dias mais tarde, milhares de pessoas marcharam contra o federalismo em Trípoli e Benghazi, onde incêndios causaram uma morte e dezenas de feridos.

A Líbia era dividida em três regiões administrativas - Tripolitania (oeste), Cirenaica (leste) e Fezan (sul) - antes de o sistema federal ser suprimido em 1963.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade