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Ásia

Energia nuclear está mais segura após Fukushima, diz AIEA

9 mar 2012 - 10h49
(atualizado às 11h09)
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A indústria nuclear aprendeu com as lições da catástrofe nuclear de Fukushima e essa forma de energia é agora mais segura do que há um ano, afirmou nesta sexta-feira em Viena a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Quase um ano depois do terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão em 11 de março de 2011, o navio pesqueiro Kyotoku Maru Nº 18 continua em terra no porto de Kesennuma, na província de Miyagi. A embarcação, de 330 t e 60 m de comprimento, foi arrastada por 800 m quando as ondas gigantes atingiram a região
Quase um ano depois do terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão em 11 de março de 2011, o navio pesqueiro Kyotoku Maru Nº 18 continua em terra no porto de Kesennuma, na província de Miyagi. A embarcação, de 330 t e 60 m de comprimento, foi arrastada por 800 m quando as ondas gigantes atingiram a região
Foto: AFP

Veja antes e depois do terremoto no Japão

"Fukushima Daiichi foi um acidente muito grave, mas sabemos o que saiu errado e temos um rumo claro para resolver essas causas, não apenas no Japão, mas em qualquer parte do mundo", disse em comunicado Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA.

A dois dias do primeiro aniversário do tsunami que fez com que a central japonesa ficasse fora de controle, o responsável pelo organismo atômico da ONU disse que a "segurança nuclear é mais forte do que era há um ano".

Entretanto, o diplomata japonês afirmou que, apesar desses avanços, a segurança é algo que nunca deve ser considerado como certo, por isso ele pediu a manutenção do impulso atual a esses avanços. "A complacência pode matar", advertiu Amano.

O desastre de Fukushima gerou um amplo debate sobre a segurança e o futuro das usinas nucleares e pôs sobre a mesa a incapacidade da AIEA de impor normas generalizadas de segurança e a falta de controles internacionais.

Além disso, ficou clara a falta de preparação de muitas centrais perante possíveis desastres nucleares, algo que gerou uma série de "testes de estresse", como os que foram aplicados às instalações em países europeus.

"Os humanos aprendem com os erros. Os países de todo o mundo estão buscando os pontos fracos em nossos próprios sistemas e estão tomando ações para fortalecê-los", reconheceu Amano na nota.

Em setembro, todos os países-membros da AIEA referendaram um plano de ação não vinculativo que recomenda novos métodos para estabelecer quão segura é uma central atômica, melhorar a coordenação com as empresas que operam as usinas, os desenhos e a gestão dessas instalações.

Antes, em junho, foi celebrada uma conferência ministerial em Viena que terminou sem decisões concretas, entre outros motivos pelas reservas de países como os Estados Unidos a realizar inspeções aleatórias em centrais atômicas por parte de inspetores internacionais.

EFE   
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