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Sarkozy promete deixar a política se perder eleições

8 mar 2012 - 06h10
(atualizado às 13h41)
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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, assinalou nesta quinta-feira que abandonará a política se perder as eleições que se desenvolverão em dois turnos, em 22 de abril e 6 de maio.

Em entrevista concedida à RMC e à BFM TV, o candidato conservador não esclareceu a que se dedicaria, mas foi taxativo ao dizer que deixaria a política em caso de derrota.

"Sim, farei outra coisa. O quê, eu não sei", respondeu o atual presidente, que, segundo as pesquisas, perderia em um segundo turno para seu rival socialista, François Hollande.

A seis semanas do primeiro turno, as pesquisas mostram Sarkozy atrás do socialista François Hollande. Mas o presidente conservador disse que a falta de experiência do seu rival em cargos ministeriais ou internacionais seria um problema numa época de crise econômica.

"Eu me preocupo quando olho o programa do candidato socialista ... e me preocupo com sua escassez de experiência num período tão conturbado. Mas se o povo francês não botar fé em mim vocês realmente acham que eu continuaria na política? A resposta é não", disse Sarkozy à rádio RMC.

Por outro lado, Sarkozy indicou - coincidindo com o Dia Internacional da Mulher - que, se vencer as eleições, criará uma agência pública para a cobrança das pensões alimentícias destinadas a mulheres separadas. "Há tantas pensões alimentícias que não são pagas", comentou o presidente.

Outra de suas propostas é o lançamento de uma carteira sanitária com informações biométricas para lutar contra a fraude.

Na última pesquisa do instituto CSA, Hollande passou de 28% para 30% de intenções de voto, e Sarkozy foi de 27% para 28%. Na simulação para o segundo turno, Hollande vence por 56%, contra 44% do presidente francês.

Sarkozy disse na terça-feira, em um debate televisionado de três horas, que não está desanimado com as pesquisas e que uma das suas características é nunca desistir. Mas a imprensa francesa tem noticiado que sua equipe de campanha já começa a duvidar da eficácia dos esforços dele para reverter a antipatia generalizada contra seu estilo pessoal e a irritação popular com três anos de dificuldades econômicas no país.

A porta-voz da campanha, Nathalie Kosciusko-Morizet, muito criticada depois de ser incapaz de dizer num programa de rádio quanto custa uma passagem do metrô de Paris, lamentou nesta semana que a disputa tenha enveredado por polêmicas inúteis. O porta-voz presidencial Frank Louvrier disse ao jornal Les Echos que, se a campanha de Sarkozy não mantiver foco total no debate de ideias, vai "certamente perder".

Com informações da agência Reuters

EFE   
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