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Oriente Médio

"Republicanos ignoram os custos da guerra", diz Obama sobre Irã

6 mar 2012 - 15h30
(atualizado às 18h27)
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O presidente americano Barack Obama reafirmou nesta terça-feira seu interesse em pressionar o Irã usando a diplomacia, em entrevista coletiva na Casa Branca, em Washington. Segundo ele, os republicanos falam de uma intervenção militar no Irã com muita casualidade. "Eles ignoram os custos da guerra", afirmou.

Em entrevista na Casa Branca, Obama diz que republicanos ignoram o custo de uma guerra contra o Irã
Em entrevista na Casa Branca, Obama diz que republicanos ignoram o custo de uma guerra contra o Irã
Foto: AP

Obama rebateu as críticas dos pré-candidatos republicanos quanto à sua posição a respeito de uma intervenção no Irã. "A minha política não é de contenção, e sim de evitar que eles consigam uma arma nuclear", disse o presidente. "Quando você pergunta a eles (republicanos) especificamente sobre o que eles fariam, eles repetem coisas que nós viemos fazendo nos últimos três anos", afirmou Obama.

O presidente disse que os republicanos "não têm muita reponsabilidades", que não estão no poder. Obama também afirmou que, caso queiram uma guerra com o Irã, seus rivais devem defendê-la ao povo americano. No último domingo, o pré-candidato republicano Mitt Romney havia dito que, se Barack Obama se reeleger em novembro, "o Irã terá uma arma nuclear e o mundo mudará".

Durante a entrevista, uma repórter perguntou se Obama tinha algum recado para Mitt Romney. O presidente respondeu "Boa sorte hoje à noite" - em referência às votações da Super Terça -, provocando risos entre os jornalistas.

Quando questionado sobre possíveis soluções da comunidade internacional à crise na Síria, o chefe de Estado americano defendeu que um movimento unilateral contra o país seria um erro. Ele descartou um ação direta sobre Damasco argumentando que a Síria "não é a Líbia", em referência à intervenção que, em 2011, permitiu a queda do regime de Muammar Kadafi. Não obstante, Obama sugeriu que o governo de Bashar al-Assad, o presidente sírio, estaria perto do fim. "Não é uma questão de se Assad partirá, mas quando (isso acontecerá). Ele perdeu a legitimidade perante seu povo", afirmou.

Obama também comentou o caso dos exemplares do Alcorão queimados por soldados americanos no Afeganistão. Segundo ele, o furor causado pela destruição dos livros ressalta a necessidade dos EUA de fazer a transição da guerra. "Temos planos de encerrar o papel de combate no Afeganistão até 2014", afirmou, acrescentando que este objetivo será o tema central das reuniões da OTAN em Chicago, no mês de maio. Após o incidente com o livro sagrado dos muçulmanos, os afegãos saíram às ruas para protestar durante vários dias. Os tumultos deixaram 30 mortos, incluindo seis soldados americanos.

Esta é a primeira entrevista coletiva de imprensa geral convocada por Obama desde o final do ano passado. Anunciada na segunda-feira pelo porta-voz da Casa Branca, ela ocorre no mesmo momento em que o eleitorado republicano de 10 Estados vai às urnas pela Super Terça para eleger mais de 400 delegados.

Fonte: Terra
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