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Oriente Médio

Brasil dialoga com o Irã sobre pastor ameaçado de execução

29 fev 2012 - 10h28
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Diogo Alcântara
Direto de Brasília

Pressionado pela bancada evangélica no Congresso Nacional, o governo brasileiro está dialogando com o Irã para levantar mais informações a respeito de um iraniano convertido ao cristianismo ameaçado de execução, o pastor Youssef Nadarkhani, preso desde 2009. Nesta quarta-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, vai receber parlamentares da bancada para tratar do assunto e deixou claro que Brasília deverá se manifestar às autoridades de Teerã.

Homem é enforcado após ter sido condenado à morte em Qazvin, 130 km a noroeste da capital do Irã, Teerã. Dois homens foram executados nesta quinta-feira, após terem sido declarados culpados pelo assassinato de quatro pessoas de uma família
Homem é enforcado após ter sido condenado à morte em Qazvin, 130 km a noroeste da capital do Irã, Teerã. Dois homens foram executados nesta quinta-feira, após terem sido declarados culpados pelo assassinato de quatro pessoas de uma família
Foto: AP

"Não há pretensão de (o Brasil) ser intermediador, apenas fomos procurados por um grupo de pessoas, de parlamentares da comunidade evangélica, para que nós pudéssemos saber o que está acontecendo e também pudéssemos ajudar e manifestar solidariedade, manifestar a posição do Brasil em relação a isso", disse a ministra nesta manhã.

Até amanhã, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deverá ter em mãos um relatório mais detalhado sobre o real motivo da prisão de Hadarkhani. "Nós (governo brasileiro) já temos feito contato com nosso embaixador no Irã, o Itamaraty também tem feito contato para saber efetivamente qual é a causa da prisão e levar os nossos posicionamentos sobre a defesa dos direitos humanos. Eu ainda não tenho uma definição sobre isso", disse a ministra.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo de hoje, o governo brasileiro já ouviu das autoridades de Teerã que Nadarkhani não deve ser executado e que a ameaça de pena capital não era por abandono da fé islâmica, mas por supostos crimes cometidos por ele.

O pastor está preso desde 2009 e o caso provocou reação dos Estados Unidos, que exigiram sua libertação.

Fonte: Terra
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