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Estados Unidos

Coreia do Sul e EUA começam manobras militares na Ásia

26 fev 2012 - 23h57
(atualizado em 27/2/2012 às 02h59)
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A Coreia do Sul e os Estados Unidos deram início neste domingo a um de seus maiores exercícios militares anuais em território sul-coreano apesar das ameaças da Coreia do Norte, que declarou que seu povo e seu Exército estão "preparados para uma guerra" contra os dois países.

Cerca de 200 mil soldados sul-coreanos e 2.900 americanos participarão, até 9 de março, de uma série de simulações "de natureza defensiva" chamada "Key Resolve". Os exercícios acontecerão nas bases do Exército dos EUA na Coreia do Sul, informou um porta-voz do Comando das Forças Conjuntas de ambos os países (CFC).

Por meio de sua imprensa estatal, Pyongyang qualificou hoje as manobras dos aliados como "uma violação imperdoável à soberania e à dignidade" da Coreia do Norte, que "está em período de luto" correspondente aos 100 dias posteriores à morte do líder Kim Jong-il.

A agência de notícias oficial da Coreia do Norte (KCNA) acrescentou, em sua habitual retórica belicista, que "o Exército e o povo" norte-coreanos "estão plenamente preparados para lutar em uma guerra" contra a Coreia do Sul e os EUA.

No sábado, o governo da Coreia do Norte havia ameaçado começar uma "guerra santa" devido ao exercício dos aliados, que segundo o regime comunista representa uma "provocação".

Por sua vez, o Comando das Forças Conjuntas insistiu que o "Key Resolve" é um exercício rotineiro que é realizado anualmente nesta época, e não mantém ligação alguma com as atuais circunstâncias internacionais. Além disso, a organização lembrou que observadores de Austrália, Canadá, Dinamarca, Noruega e Grã-Bretanha, membros do Comando da ONU, supervisionarão as manobras.

Também na manhã de hoje (horário local), a agência sul-coreana de notícias Yonhap informou, sem identificar fontes, que a Coreia do Norte desenvolveu plataformas de lançamento para projéteis de longo alcance que permitiriam ao país dobrar sua anterior capacidade de disparo de 60 quilômetros.

Ainda segundo a Yonhap, o país comunista, que está tecnicamente em guerra com o Sul apesar do armistício que interrompeu o conflito em 1953, poderia mostrar em público seus novos dispositivos militares durante uma grande marcha em 15 de abril para comemorar o centenário do nascimento do fundador do regime, Kim Il-sung.

EFE   
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