Número de mortes por incêndio em Honduras chega a 356
17 fev2012 - 12h21
(atualizado às 14h21)
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O número de vítimas fatais no incêndio no presídio de Comayagua, na região central de Honduras, aumentou nesta sexta-feira para 356 após a morte de um preso no Hospital Escola de Tegucigalpa. Um médico que trabalha no local informou que o nome da vítima é Nery Gómez, 31 anos, e que ele morreu em função de queimaduras generalizadas.
Outros dois detentos, identificados como Ángel López Herrera, 25 anos, e Alfonso Chavarría, 70 anos, morreram nesta quarta-feira no mesmo hospital por causa das graves queimaduras e os corpos já foram entregues para seus familiares.
Até o momento, ainda não foram descobertas as causas do acidente, que ocorreu na madrugada de quarta-feira na colônia Agrícola Penal de Comayagua. As autoridades, no entanto, adiantaram que o motivo do incêndio pode ter sido um curto-circuito ou a queima de um colchão praticada por um prisioneiro.
Muitos dos parentes dos presos, por sua parte, atribuem a tragédia aos guardas e às autoridades penitenciárias. Até quinta-feira, a Promotoria registrava 355 mortos, entre eles uma mulher que entrou na prisão como visitante.
A Promotoria anunciou que 477 detentos estão no presídio, enquanto 20 estavam hospitalizados, número que diminuiu para 19 após a morte de Gómez.
No dia da tragédia, a população da prisão era de 852 pessoas, o dobro de sua capacidade. Os corpos das 355 vítimas fatais foram enviados entre quarta-feira e quinta-feira para autópsia em Tegucigalpa, onde especialistas trabalharão para identificá-los.
Até agora, apenas poucos presos foram identificados e entregues para que suas famílias possam enterrá-los.
Imagem capturada por uma rede de TV mostra o fogo consumindo a colônia penal localizada na região de Comayagua
Foto: Reprodução
A chefe de Medicina Forense do Ministério Público de Honduras afirmou que a identificação das vítimas levará vários dias
Foto: AFP
As causas do incêndio ainda não estão claras, mas suspeita-se de um curto circuito
Foto: AFP
Bombeiros trabalham no rescaldo do incêndio que matou dezenas de detentos em Comayagua
Foto: AFP
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio atingiu um dos dois módulos da penitenciária, espaço onde havia 500 presos. No total, a prisão abrigava 850 homens
Foto: AFP
Parentes de detentos choram e se confortam enquanto aguardam por notícias em frente à prisão
Foto: AFP
A hipótese do curto-circuito foi levantada por, Héctor Iván Mejía, porta-voz da Secretaria de Segurança. Ele destacou que a equipe do Ministério Público e outras autoridades estão fazendo a contagem dos mortos, feridos e foragidos
Foto: AFP
Em declaração citada pela agência AFP, o diretor dos Centros Penais, Danilo Orellana, deu seu relato da tragédia. "Estamos fazendo a contagem de corpos. A situação é grave, a maioria morreu por asfixia. O fogo tomou conta de vários módulos. Não se trata de uma rebelião, as causas estão sendo investigadas", afirmou
Foto: EFE
Policiais carregam um preso ferido após um grande incêndio atingir uma prisão na cidade hondurenha de Comayagua, localizada a 80 km da capital, Tegucigalpa. Ainda não estão claras as causas, mas suspeita-se de um curto-circuito
Foto: EFE
Ferido é retirado do presídio após o incêndio
Foto: EFE
Dentro da prisão, restos mortais de vários detentos que foram carbonizados pelo incêndio, em Comayagua
Foto: Reuters
Os corpos de detentos que morreram no incêndio são colocados lado a lado no pátio da prisão
Foto: Reuters
Familiares de detentos choram enquanto aguardam por notícias em frente ao presídio, em Comayagua
Foto: Reuters
Peritos retiram corpo de vítima em maca
Foto: AP
Parentes choram enquanto esperam em frente à penitenciária
Foto: AP
Soldados, policiais e jornalistas se protegem durante um conflito entre familiares de detentos e forças de segurança
Foto: AP
Soldados correm de pedras lançadas por parentes de vítimas
Foto: AP
Soldados armados formam barreira para enfrentar familiares de detentos
Foto: AFP
Militares e parentes de presos entram em conflito em frente ao presídio
Foto: AFP
Familiares de detentos da penitenciária de Comayagua tentam derrubar o portão e entram em conflito com policiais