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África

Milícias na Líbia estão fora de controle, afirma AI

16 fev 2012 - 06h18
(atualizado às 14h36)
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A Anistia Internacional (AI) denunciou nesta quinta-feira que as milícias armadas que agem na Líbia cometem abusos contra os direitos humanos e estão fora de controle.

Homem diz que foi torturado porque os rebeldes suspeitavam que ele apoiava o regime de Muammar kadafi
Homem diz que foi torturado porque os rebeldes suspeitavam que ele apoiava o regime de Muammar kadafi
Foto: AFP

Em um relatório sobre a situação na Líbia um ano depois do começo da chamada "Primavera Árabe", a AI assinala que estas milícias atuam com impunidade e criam insegurança e problemas para a reconstrução das instituições do Estado.

Intitulado "As milícias ameaçam as esperanças de uma nova Líbia", o texto documenta extensos abusos dos direitos humanos, incluindo crimes de guerra, por parte de múltiplas milícias suspeitas de ser leais ao finado ditador Muammar Kadafi.

Segundo a organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres, há detenções ilegais e torturas que, em alguns casos, causam a morte.

Os imigrantes e os refugiados africanos também foram alvo dos abusos, enquanto as autoridades não fizeram esforços para investigar e processar os responsáveis, acrescenta.

"Há um ano, os líbios arriscaram a vida para exigir justiça. Hoje, suas esperanças se veem prejudicadas por milícias armadas ilegais que pisoteiam os direitos humanos com impunidade", assinala o relatório divulgado hoje.

A AI informa que, em janeiro e no início de fevereiro de 2012, uma delegação do organismo visitou 11 instalações de detenção no centro e no oeste da Líbia utilizada por várias milícias.

Os detentos afirmaram ter sido torturados e maltratados no local e mostraram à AI os ferimentos sofridos.

Pelo menos 12 pessoas detidas pelas milícias morreram desde setembro após sofrer torturas.

Segundo a AI, não foi iniciada investigação alguma sobre esses casos.

A organização chama a atenção para a necessidade de as autoridades líbias demonstrarem seu compromisso de virar a página de décadas de violações sistemáticas dos direitos humanos e averiguar os abusos perpetrados no passado e no presente.

EFE   
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