Mosteiro de Jerusalém é atacado com pichações anticristãs
O Mosteiro da Cruz de Jerusalém, construído no local segundo a tradição cresceu a árvore da qual teria sido extraída a madeira para a cruz de Jesus, foi pichado na manhã desta terça-feira com frases como "Morte aos cristãos".
"Nas primeiras horas desta manhã a parede do mosteiro foi pichada em Emek Hamasleva, perto do Parlamento e de prédios do Governo com expressões como 'rótulo de preço', confirmou à agência EFE o porta-voz da Polícia israelense, Micky Rosenfeld.
Os agentes "foram ao local e recolheram as provas para investigar os autores dos crimes", acrescentou o porta-voz. Dois carros do mosteiro foram danificados, revelou o serviço de notícias israelense Ynet.
A expressão "rótulo de preço" indica que os autores poderiam ser colonos judeus de extrema-direita que aplicam a chamada "política de preços" para vingar ações que consideram contrárias aos seus interesses praticadas por palestinos, a polícia e o exército israelense, atacando propriedades palestinas.
Na manhã desta terça, outra pichação gigante apareceu nos muros de uma escola bilíngue árabe-hebraica, onde palestinos e israelenses estudam nos dois idiomas. Em uma localidade palestina ao sul da cidade cisjordaniana de Nablus também ganharam nesta terça palavras ofensivas: "Maomé é um porco".
O Mosteiro da Cruz, construído entre os séculos 5 e 6, é um grande templo de pedra rosada semelhante a um forte. Está localizado a apenas 2 km da Cidade Antiga de Jerusalém, no chamado "Vale da Cruz", pertence à Igreja Ortodoxa Grega desde o século 17 e é visitado frequentemente por peregrinos cristãos à Terra Santa.