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Ásia

Chefe torturador do Khmer Vermelho é condenado à prisão perpétua

3 fev 2012 - 02h47
(atualizado às 03h35)
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O Tribunal Internacional do Camboja condenou nesta sexta-feira à prisão perpétua o chefe torturador do Khmer Vermelho, Kaing Guek Eav, na apelação da pena de 35 anos imposta em 2010 pela morte de cerca de 16 mil pessoas na prisão que dirigiu.

O juiz da Suprema Corte, Kong Srim, aumentou a condenação por declará-lo culpado também de extermínio, depois de anular a compensação pelo tempo passado na prisão sem julgamento e desprezar o peso dos atenuantes expostos pela defesa.

"Os crimes cometidos por Kaing Guek Eav estão entre os piores da história. Merecem a pena mais dura que existir", disse o juiz. Kaing Guek Eav, conhecido como Duch, recorrera da sentença, reduzida a 30 anos para compensar o período de detenção ilegal, e pedira a absolvição, apesar de ter reconhecido sua culpa nos crimes.

Durante a apelação, seus advogados assinalaram que o tribunal auspiciado pelas Nações Unidas não tem jurisdição para processar seu cliente, por considerar que este não exerceu um cargo de destaque no regime nem foi o responsável direto pelos crimes cometidos dentro da prisão, na qual, de acordo com este tese, se limitou a cumprir ordens.

A Promotoria também recorreu da decisão para pedir prisão perpétua, apesar de no final do julgamento ter proposto 40 anos de cadeia. Duch é o primeiro condenado entre as destacadas autoridades do Khmer Vermelho implicadas nas atrocidades cometidas durante o regime que causou a morte de pelo menos 1,7 milhão de pessoas, entre 1975 e 1979.

Outros três acusados - o ideólogo e número dois da organização, Nuon Chea, o ex-ministro das Relações Exteriores Ieng Sary e o ex-chefe de Estado Khieu Samphan - vêm sendo julgados desde novembro passado. Pol Pot, líder do Khmer Vermelho, morreu em abril de 1998 na base da guerrilha situada em Anlong Veng, no noroeste do Camboja.

Chefe do Khmer Vermelho cumprimenta o tribunal em sua chegada
Chefe do Khmer Vermelho cumprimenta o tribunal em sua chegada
Foto: Reuters
EFE   
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