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Europa

Mau tempo obriga a suspender as buscas no Costa Concordia

29 jan 2012 - 08h04
(atualizado às 12h21)
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O mau tempo obrigou a suspender neste domingo as tarefas de busca de desaparecidos do cruzeiro Costa Concordia, que está encalhado no litoral da ilha italiana de Giglio após ter naufragado no dia 13 de janeiro. O forte vento e as ondas põem em risco a vida dos mergulhadores italianos empenhados na busca das 15 pessoas que continuam desaparecidas após o naufrágio, e por isso foi decidido suspender suas tarefas, informou a unidade de crise responsável pelas operações.

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Além disso, segundo a imprensa italiana, as condições do mar estão fazendo o cruzeiro se movimentar com maior intensidade que nos últimos dias. Os técnicos calcularam, segundo a imprensa local, que entre 2h e 8h (de Brasília) o casco se movimentou 3,5 centímetros. Nos últimos dias ele deslizava dois ou três milímetros por hora.

As condições meteorológicas continuarão piorando nos próximos dias, por isso nesta manhã será realizada uma reunião entre todas as equipes de busca para decidir os próximos passos. O número de mortos no naufrágio aumentou a 17 no sábado, depois que os mergulhadores encontraram o corpo da peruana Erika Soria Molina, de 26 anos, que trabalhava como camareira no cruzeiro.

Os trabalhos de preparação para a extração das 2.300 toneladas de combustível armazenadas nos tanques do cruzeiro continuam suspensos, também devido ao mau tempo. As ações foram interrompidas já no sábado, pela instabilidade do navio com as ondas e o vento forte.

O porta-voz italiano da companhia holandesa Smit, que será responsável pela extração, Massimiliano Igueira, explicou em entrevista coletiva na ilha do Giglio que essa manobra "não será retomada antes do meio da próxima semana" por causa das concições climáticas. A companhia tinha previsto começar já neste fim de semana a extrair o combustível que ameaça o litoral e as águas de um dos parques marítimos mais importantes do país.

Nos últimos dias, os técnicos da companhia holandesa perfuraram quatro dos seis tanques nos quais estão armazenados 50% do combustível. Ainda é preciso perfurar outros dois tanques para começar as tarefas de extração, que consistem em aquecer os tanques para liquidificar o combustível, que depois será levado a cisternas externas, enquanto a água do mar é bombeada para dentro dos reservatórios que ficam vazios para evitar que o navio possa se desequilibrar. Os trabalhos para tirar o combustível do cruzeiro durarão cerca de 30 dias, segundo a Defesa Civil italiana.

Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até sábado, dia 28, 17 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

Veja no mapa o local onde aconteceu o acidente:

Ondas quebram próximas ao Costa Concordia; o forte vento e as ondas põem em risco a vida dos mergulhadores italianos e por isso foi decidido suspender suas tarefas
Ondas quebram próximas ao Costa Concordia; o forte vento e as ondas põem em risco a vida dos mergulhadores italianos e por isso foi decidido suspender suas tarefas
Foto: Reuters
EFE   
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