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América Latina

Cuba inicia conferência inédita para reformar economia

28 jan 2012 - 13h49
(atualizado às 14h12)
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Mais de 800 delegados do Partido Comunista de Cuba (PCC) iniciaram neste sábado uma inédita conferência de dois dias em busca de deixar para trás os "dogmas e critérios obsoletos" que freiam as reformas econômicas do presidente Raúl Castro.

Liderada por Raúl Castro, primeiro secretário do PCC, "deu início esta manhã (de sábado) a Primeira Conferência Nacional da organização", disse o site oficial Cubadebate, que indicou que "as palavras de abertura foram pronunciadas pelo companheiro José Ramón Machado Ventura", segundo secretário do Partido.

Completou que "posteriormente, os delegados começaram a realizar sessões em quatro comissões, nas quais se analisam os temas contidos no projeto de documento base da conferência", que se desenvolve no Palácio das Convenções de Havana, onde também se reúne duas vezes ao ano o Parlamento cubano.

As comissões são de "métodos e estilo de trabalho (...); o trabalho político e ideológico; a política de quadros e, finalmente, as relações da organização partidária com a UJC (União de Jovens Comunistas) e as organizações de massas", disse o Cubadebate.

A polícia bloqueou desde o amanhecer as ruas de acesso ao palácio por conta da conferência, na qual não foi permitida a entrada da imprensa estrangeira.

Nesta primeira conferência ou congresso extraordinário, que será concluída neste domingo, os 811 delegados têm a complexa tarefa de renovar o partido único que há meio século governa a ilha.

O conclave tem o "propósito essencial" de "acelerar o desenvolvimento da sociedade e afiançar as Diretrizes Econômicas e Sociais aprovadas no Sexto Congresso (do PCC, em abril de 2011), a partir do conceito de que não há ideologia sem economia", disse neste sábado o jornal oficial Granma.

A conferência é a primeira que o PCC tem desde que foi fundado em 1965 por Fidel Castro, que entregou o comando em 2006 a seu irmão, por problemas de saúde.

Raúl Castro afirmou que "a primeira coisa que estamos obrigados a modificar na vida partidária é a mentalidade que, como barreira psicológica, é a que mais nos dá trabalho, por estar atada a dogmas e critérios obsoletos", segundo o Granma.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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