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Ásia

Radiação leva à proibição de cultivo em áreas de Fukushima

26 jan 2012 - 11h04
(atualizado às 11h17)
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A principal cooperativa agrícola de Fukushima, no Japão, decidiu nesta quinta-feira proibir o cultivo de arroz nas áreas onde as colheitas do ano passado registraram níveis excessivos de césio radioativo por causa da crise nuclear.

A organização confirmou que não serão cultivados os locais onde foram detectados no ano passado níveis superiores a 500 becqueréis por quilo, o máximo estabelecido pelo Governo japonês, informou a agência local Kyodo.

No entanto, as regiões onde foram detectados mais de 100 becqueréis de césio radioativo poderão ser cultivadas quando a terra for despoluída e o risco dessas reduzido.

O plantio será proibido nos locais determinados pelo Governo japonês em um raio de 20 quilômetros ao redor da usina de Fukushima Daiichi pela alta radiação.

Depois do início da crise nuclear no Japão causada pelo tsunami de março de 2011, o Governo de Fukushima examina regularmente amostras de grãos de 29 mil fazendas que ficam em 25 municípios da província, segundo dados de "Kyodo".

Em 2011, algumas amostras de arroz vindas de áreas situadas a dezenas de quilômetros da central de Fukushima chegaram a superar inclusive os 1 mil becqueréis por quilo após análises, o que motivou a proibição da venda de cereal procedente das 4,3 mil fazendas espalhadas pela região.

Os testes com o cereal representam um assunto prioritário no Japão, um país onde o arroz é a base da dieta, com consumo per capita de 85 quilos em 2009, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Agricultura.

O terremoto e o tsunami de 11 de março de 2011 provocaram a pior crise nuclear dos últimos 25 anos na usina de Fukushima Daiichi, cujas emissões radioativas obrigaram a desalojar cerca de 80 mil moradores e afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca local.

EFE   
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