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Europa

Operações de busca no Costa Concórdia voltam a ser suspensas

25 jan 2012 - 06h54
(atualizado às 07h28)
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As operações de busca no Costa Concórdia, naufragado em 13 de janeiro na ilha italiana de Giglio, foram suspensas novamente em função do mau tempo, assim como os preparativos para bombear combustível. Na véspera, foram iniciadas as operações preliminares para bombear o combustível que ameaça contaminar a ilha italiana de Giglio.

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A equipe técnica da empresa holandesa Smit Salvage, encarregada do bombeamento do combustível, quer estudar todas as possibilidades para extrair de maneira segura as 2,4 mil toneladas de combustível de dentro dos 23 tanques do navio.

Na segunda-feira à tarde, uma mancha de óleo de cerca de 200 m por 300 m surgiu não muito longe do navio e os especialistas em meio ambiente acreditam que tenha emergido após o naufrágio, trazida pelas correntes marítimas.

Na terça-feira, um barco especial do Ministério do Meio Ambiente lançou boias absorventes em torno da mancha, composta por detergentes e óleo de cozinha e de motor.

Nesse meio tempo, os mergulhadores militares abriram um novo buraco no casco do barco, a cerca de 20 metros de profundidade, e localizaram o 16º corpo na ponte número 3, onde ficava grande parte dos botes salva-vidas.

O promotor geral da região considerou nesta terça que a justiça não deve limitar a sua investigação ao capitão Francesco Schettino, e sim se concentrar também nas eventuais responsabilidades da empresa proprietária do transatlântico, a Costa Crociere.

Schettino e seu imediato a bordo, Ciro Ambrosio, são por enquanto as únicas pessoas acusadas do naufrágio. Foram acusados por homicídios múltiplos, naufrágio e abandono de navio, mas não foram indiciados formalmente. O comandante do navio é mantido em prisão domiciliar.

Naufrágio do Costa Concordia
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até terça, dia 24, 16 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

Veja no mapa o local onde aconteceu o acidente:

Mergulhador investiga interior do navio Costa Concordia, naufragado na ilha de Giglio, na Toscana italiana. Mergulhadores acessam o interior do cruzeiro para buscar os desaparecidos e avaliar os danos. Adernado em um angulo de quase 90°, a embarcação de luxo se encontra em uma profundidade de 37 m. No entanto, as autoridades temem que um possível mal tempo tombe o navio para uma fossa de 70 m, onde ficaria totalmente submerso
Mergulhador investiga interior do navio Costa Concordia, naufragado na ilha de Giglio, na Toscana italiana. Mergulhadores acessam o interior do cruzeiro para buscar os desaparecidos e avaliar os danos. Adernado em um angulo de quase 90°, a embarcação de luxo se encontra em uma profundidade de 37 m. No entanto, as autoridades temem que um possível mal tempo tombe o navio para uma fossa de 70 m, onde ficaria totalmente submerso
Foto: AP
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